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Curitibanos de periferias lidam com falta de o à internet 2p611q

Infraestrutura precária, endereços sem registro, falta de luz e computadores são desafios para democratização da internet no Brasil 1t3o5r

25 mai 2022 - 05h00
(atualizado às 11h44)
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Falta o à internet agrava a desigualdade social crédito
Falta o à internet agrava a desigualdade social crédito
Foto: Charge Educacine / Divulgação

A motogirl Melany Gonçalves, moradora da comunidade Vila Oficinas, em Curitiba, é mãe solo de duas crianças, de 7 e 12 anos, tem apenas um celular e contrata um plano pré-pago, que utiliza para o usar o GPS em seu trabalho, o à informação, estudo remoto e entretenimento para seus filhos. E essa é uma realidade que se repete em diversos lares nas periferias do país. 3yc4d

Uma das maiores mudanças no mundo durante a pandemia de Covid-19 foi a aceleração digital e uso da internet, e com todas as restrições impostas pelo vírus, as relações pessoais e de trabalho exigiram muito mais conectividade e presença no mundo virtual.

No entanto, de acordo com a pesquisa "Domicílios sem o à internet”, realizada pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil 2020, são mais de 12 milhões de casas sem o à internet em todo o país. Ainda segundo o estudo, 75% das pessoas que ganham até um salário-mínimo não possuem conexão à internet devido ao preço dos planos e 34% por falta de disponibilidade na região. 

A pesquisa mostrou que somente 49,4 milhões de pessoas no Brasil estão plenamente conectadas, ou seja, menos de quarto da população pode ar a internet 29 dias ao mês. A maior parte dos que am, o fazem via celular pós-pago ou notebook, 94% são da região sul e sudeste, brancos de classe A e B.

Situação totalmente diferente das classes C, D e E, onde 91% utilizam o smartphone pré-pago como principal meio de ar a rede com duração média dos pacotes de 23 dias, chegando a 19 entre as camadas mais pobres da população.

“Eu já perdi muitas entregas e atrasei meu trabalho por problemas de conexão e aqui em casa quase não tem sinal, o pacote não dura 20 dias'', afirma Melany.

Oilson Alves, morador da ocupação Tiradentes, na Cidade Industrial de Curitiba, também sofre com as restrições de o à internet no local onde vive. “O o é mínimo dentro das favelas no Paraná, não tem nem luz quem dirá internet. Até hoje eu tenho que sair do bairro para receber um Pix ou ter o aos sites públicos. Nem os aplicativos do Governo abrem aqui”, relata Oilson.

Situações como de Melany e Oilson são quantificadas no estudo mostrando que, devido à falta de internet, 66% de moradores de favelas já deixaram de realizar alguma atividade online, como pesquisar a veracidade de informações recebidas (30%), acompanhar aulas ou cursos (35%), ar serviços públicos (33%), transferir dinheiro (43%), agendar um exame (28%), ar um serviço de saúde (31%) ou buscar informações sobre a Covid-19 (36%).

De acordo com William Berliac, professor da disciplina empreendedorismo e comunicação da Faculdade Internacional (UNINTER), o mercado de internet no Brasil só pode crescer nas favelas. “As classes A e B estão 100% abastecidas, são territórios vulneráveis que precisam ser explorados, lá que estão os consumidores não atendidos”, pontua o professor.

Marcelo Pinheiro, assessor de comunicação marketing da INNON - Internet Fibra Óptica, explica que a cobertura de internet em áreas rurais, carentes e isoladas disponibiliza qualidade de vida e facilidades remotas no dia a dia das comunidades, favorecendo a economia como um todo. “A internet fibra óptica, possibilita aos estudantes concluírem suas aulas, incentiva mulheres a voltarem a estudar através do ensino remoto e, é essencial para os agricultores e comerciantes locais, seja recebendo pagamentos no cartão ou Pix, além de compras e vendas on-line, algo que antes era uma realidade longínqua”, finaliza Marcelo.

ANF
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