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'Nenhum ambiente é livre de machismo': Ana Paula Padrão defende liderança feminina em todas as áreas

Jornalista celebra o avanço da liderança feminina no Brasil e relembra os desafios enfrentados para ocupar espaços de poder

23 mai 2025 - 04h59
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Resumo
Ana Paula Padrão destacou os avanços da liderança feminina no Brasil, mas alertou sobre a persistência do machismo em todos os ambientes, defendendo a criação de espaços para o protagonismo feminino e o empoderamento de futuras gerações.
Ana Paula Padrão
Ana Paula Padrão
Foto: Reprodução: Instagram/anapaulapadraooficial

"Levo mulheres para o palco para que inspirem outras mulheres na plateia." A frase, dita por Ana Paula Padrão em entrevista ao Terra Agora na quinta-feira, 22, resume o que ela tem feito há mais de uma década: criar espaços onde o protagonismo feminino é regra, e não exceção.

A nova edição do evento Tempo de Mulher, marcada para 7 de junho, vai reunir nomes como Tarciana Medeiros (presidente do Banco do Brasil), Carla Assumpção (general manager Latam na Swarovski), Ana Fontes (CEO e fundadora da Rede Mulher Empreendedora), Michele Salles (diretora de ecossistema e Relações com a Sociedade Ambev) e Silvia Penna (diretora-geral Brasil no Uber). Um cenário bem diferente de quando o projeto começou.

"No Brasil, eram pouquíssimas as presidentes mulheres de empresas. Mas pouquíssimas, tipo contavam-se nos dedos de uma mão, e eram quase todas herdeiras", relembra Ana Paula. "Então, eu tinha um palco de diretoras de empresas, de mulheres que tinham alguma intimidade com o assunto de empoderamento e liderança feminina, mulheres que tinham escrito livros ou protagonizado grandes histórias do mundo."

Por um tempo, os eventos ficaram em pausa "porque o MasterChef entrou na minha vida", mas o desejo de reunir essas vozes continuou latente. Foi em 2017, enquanto dirigia a revista Claudia, que ela percebeu uma mudança concreta: "Eu fiz uma lista de 35 mulheres presidentes de empresas e falei: 'Vou fazer um evento só com mulheres presidentes de empresas no palco'. Convidei as 35. 33 aceitaram."

O sucesso do reencontro confirmou o que ela já intuía: "Se não em termos percentuais, pelo menos em termos absolutos, a gente conseguiu caminhar bastante ali de 2010 até 2017. Agora, o número é tão grande que elas não cabem em um palco só."

Ao falar sobre sua trajetória no jornalismo, ela relembrou: "Eu olhava para frente e via muitas mulheres em posições importantes. Eu achava que era um ambiente completamente livre de machismo e preconceito. Eu comecei a perceber que nenhum ambiente é livre de machismo e preconceito quando comecei a olhar para cima. Sobe um andar. Não tem [mulheres]."

Ela conta que desenvolveu uma postura combativa para se proteger. No início da carreira, precisou manter certa distância de fontes políticas até ter certeza de que seria tratada com respeito: "A gente atrasa um pouco o nosso crescimento profissional porque precisamos tomar uma série de medidas preventivas contra o preconceito, o assédio, a discriminação."

"Eu trabalho muito para que as mulheres de 30 anos não precisem fazer isso hoje, para que possam ser observadas da mesma maneira que os homens de 30 anos são observados", afirmou. 

Fonte: Redação Terra
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