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Estudante negro denuncia abordagem de seguranças na PUC-Campinas: 'Nunca me senti tão envergonhado' p1o2a

Abordagem aconteceu dentro do campus; universitário precisou provar que era aluno diante da turma 5gc4e

15 mai 2025 - 23h04
(atualizado às 23h52)
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Resumo
Estudante negro da PUC-Campinas denuncia abordagem constrangedora e racista de seguranças, que o obrigaram a provar ser aluno na frente de colegas; universidade ainda não se manifestou.
Gabriel compartilhou o relato nas redes sociais
Gabriel compartilhou o relato nas redes sociais
Foto: Reprodução/Instagram/@gabdomiciano

Por volta das 21h da última quarta-feira, dia 14, o estudante Gabriel Domiciano, aluno do curso de Relações Públicas da PUC-Campinas, foi abordado por seguranças no campus 1 da universidade enquanto caminhava até sua sala de aula. A ação, segundo ele, foi motivada por racismo. O caso foi registrado em boletim de ocorrência. 4j533t

Em relato publicado nas redes sociais, Gabriel explicou que às quartas-feiras costuma frequentar apenas o segundo horário de aula, com início às 21h05, o que o leva a chegar mais tarde ao campus. Naquela noite, ele conta ter notado que estava sendo seguido por um segurança assim que entrou no estacionamento da universidade.

"Quando eu olhava para trás, eu via o guarda me seguindo. Só que eu olhei e pensei: 'não, é coisa da minha cabeça. O guarda não está me seguindo'", relatou.

Após uma breve parada no banheiro, Gabriel afirma ter sido abordado por dois seguranças, que questionaram sua presença no campus e pediram que comprovasse ser aluno da instituição. Segundo ele, essa verificação foi feita dentro da sala de aula, na presença de colegas e do professor, a quem os vigilantes pediram confirmação.

"aram mil coisas pela minha cabeça. Eu queria espernear, gritar, falar um monte, porque era óbvio o que estava acontecendo. Eu estudo na PUC há quatro anos. Nunca vi isso acontecer."

O estudante aproveitou o constrangimento para se dirigir aos colegas: "Falei assim: 'alguém aqui já ou por isso? Alguém já foi perguntado se é aluno da faculdade por esses guardas?', e ninguém havia sido perguntado".

Ainda visivelmente abalado, ele descreveu o impacto emocional da abordagem: "Indo agora ao trabalho depois de acordar de uma das noites mais difíceis que já ei por conta de uma ansiedade, um incômodo muito grande dentro do meu coração que nem consigo colocar em palavras o quão indignado, o quão envergonhado, o quão constrangido eu estou me sentindo."

Após o ocorrido, Gabriel procurou a chefia da segurança da universidade. Segundo ele, a justificativa foi de que os agentes estavam apenas seguindo um procedimento padrão. O estudante, no entanto, contesta a alegação, especialmente ao considerar que outros colegas negros relataram também abordagens semelhantes.

O Terra entrou em contato com a PUC-Campinas para esclarecimentos, mas até a publicação deste texto, não houve retorno.

Fonte: Redação Terra
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