Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii traz divertida aventura em alto-mar 5l5e3v
História acompanha Goro Majima mergulhando com tudo no universo da pirataria 2651o
Like a Dragon, série de ação e RPG desenvolvida pela Ryu Ga Gotoku Studio e publicada pela Sega, anteriormente conhecida como Yakuza no ocidente, surgiu em 2005 e nos últimos anos alcançou um novo nível de popularidade, inclusive com o público brasileiro, principalmente devido ao empenho da Sega em conquistar o público ocidental - a série já era bem popular lá no Japão. 363i3h
Desde 2020, com o lançamento de Yakuza: Like a Dragon, o sétimo jogo da franquia principal e que apresentou um novo protagonista, o carismático Ichiban Kasuga, além de adotar um sistema de combate como um RPG em turnos, a série conquistou novos patamares mesclando um charmoso jeitão de GTA com Final Fantasy.
O sucesso foi consolidado com a sequência Like a Dragon: Infinite Wealth, lançado em 2024 e considerado um dos melhores títulos do ano ado, que além de Kasuga, também trazia um mais envelhecido Kazuma Kiryu, o lendário protagonista dos seis primeiros jogos, como um dos personagens principais.
E agora, apenas um ano depois, os fãs são presenteados com uma nova aventura: Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, um jogo derivado da franquia principal, que tem como protagonista Goro Majima, o "Cachorro Louco de Shimano", um dos personagens mais populares da série, ao lado de Kazuma Kiryu. E como o nome já revela, boa parte dessa aventura se a com piratas em alto-mar no mundo moderno, algo inédito na história da franquia - lembrando que esse não é o primeiro derivado da série, já tendo anteriormente aventuras com zumbis, samurais, entre outros.
Ficou curioso com Pirate Yakuza in Hawaii? Pois então confira a seguir aqui com Game On o que esperar desse novo e inusitado título.
Bem-vindo Capitão Majima 5y2s4z
Assim como os jogos anteriores da série, Pirate Yakuza in Hawaii possui um grande enfoque na história e ambientação cinematográfica, envolvendo crime organizado, relações humanas e claro, pirataria, o tema central da aventura. ando-se seis meses após os eventos de Like a Dragon: Infinite Wealth, tudo começa com Goro Majima acordando sem nenhuma memória da sua vida ada, nem mesmo o seu nome, em uma praia de uma ilha, em meio a destroços de um naufrágio.
Ele é salvo por Noah, um garoto habitante da ilha, que a a ajudar o ex-yakuza, que nem imagina que em sua vida ada era especialista em arrumar confusão, sempre com um comportamento caótico e imprevisível, porém muito inteligente e bom de briga. Como já era de se esperar, a treta não demora para aparecer, e Majima se vê envolvido em novos conflitos com bandidos que gostam de se ar como piratas e que atormentam o povo dessa ilha, que fica próxima ao Havaí, o cenário principal de Like a Dragon: Infinite Wealth.
Após alguns acontecimentos, Majima se torna o capitão de um clássico navio pirata, e então decide embarcar em uma aventura em alto-mar em busca de um tesouro lendário, enquanto tenta recuperar as suas memórias e ajudar Noah a realizar o sonho de conhecer o mundo. Mas claro, para isso ele vai precisar de uma tripulação para ajudá-lo, já que nesse mundo há vários bandidos que gostam de levar a vida como se fossem piratas, e a maioria não é nem um pouco amigável.
Dito isso, se você está preocupado que o tema de pirataria não combine muito com o estilo da série Like a Dragon, então fique tranquilo: foi um casamento perfeito. Com um outro protagonista, como Kasuga ou Kasuma, provavelmente não daria certo, mas a escolha de Majima foi excelente, mantendo a narrativa com o equilíbrio perfeito entre drama intenso e humor absurdo, característica marcante da franquia.
Como Majima sempre foi meio loucão e caótico, é bem aceitável acompanhar essa história maluca dele se transformar em um pirata, um estilo de vida que caiu como uma luva nele - até o tapa-olho ele já possui, devido a um evento brutal em seu ado como Yakuza, um trauma que o levou a se transformar de um homem disciplinado no "Cachorro Louco" que todos conhecem.
Já vi isso antes h6o50
Pirate Yakuza in Hawaii pode ser aproveitado como uma história à parte, com ou sem experiência prévia na franquia, podendo também ser encarado como um ponto de entrada na série. Mas se você jogou Like a Dragon: Infinite Wealth, fique preparado para visitar novamente Honolulu, no Havaí, que traz o mesmo mapa reciclado com os mesmos lugares apresentados antes.
Até mesmo vários NPCs, que oferecem missões secundárias, estão de volta, dando continuidade ao que foi apresentado em Infinite Wealth, ou trazendo novos problemas para serem resolvidos. Honolulu está cheia de pessoas bizarras, histórias dramáticas, atividades e minijogos hilários, sendo alguns inéditos e outros que retornam do jogo anterior, com ao menos 50% da aventura total se ando no Havaí e na Ilha Nele, um dos cenários em Infinite Wealth.
Na metade da aventura, a história vai trazer várias referências, e dar continuidade, à narrativa de Infinite Wealth. Não é necessário ter jogado o game anterior, porém se você o tiver feito, terá uma bagagem muito maior para compreender melhor todo o contexto geral e referências feitas em Pirate Yakuza in Hawaii.
Lugares novos para visitar 2043f
Nos outros 50% do jogo temos ambientes novos para visitar como a ilha Rich, em que Majima acorda, algumas ilhas paradisíacas e, principalmente, Madlantis, um refúgio excêntrico e secreto, comandado por lordes piratas organizados em um sindicato de crime, e frequentado pelos piores criminosos e foras da lei.
Além de ser um local que contém muito conteúdo narrativo, ele também traz atividades e minijogos exclusivos, incluindo um Coliseu, onde você pode participar de incríveis batalhas navais - ele lembra bastante a área do Castelo, apresentada no ótimo Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, aventura derivada com Kazuma Kiryu, lançada em 2023.
Entre o Cachorro Louco e o Pirata 6kl4q
Semelhante aos títulos mais antigos de Like a Dragon, Pirate Yakuza in Hawaii utiliza um sistema de combate de pancadaria beat'em up, quase em tempo real - há uma transição de poucos segundos quando Majima encontra inimigos pelo mapa.
Nosso yakuza-pirata tem o a dois estilos de luta, que podem ser trocados a qualquer momento: o Cachorro Louco, em que Majima utiliza seus punhos e técnicas de luta já conhecidas de outros jogos; e o Cachorro do Mar, em que ele luta vestido de pirata, podendo utilizar espada, pistola e gancho nos ataques. Ambos os estilos possuem suas características e pontos fortes e fracos, oferecendo combos explosivos, malabarismos e uma variedade de ataques aéreos. Além disso, uma barra de energia vai carregando durante os combates, permitindo ataques especiais para os dois estilos.
Majima não ganha pontos de experiência, mas pode evoluir/desbloquer uma barra de vida maior, ganhar mais força e ataques especiais utilizando dinheiro na tela de menu do personagem - por isso, empenhe-se em ganhar dinheiro já no começo do jogo, para facilitar a evolução do personagem.
Os combates são bem dinâmicos e fluídos e deve matar as saudades dos fãs que sentiam falta dessa ação desenfreada, que nos dois últimos jogos da franquia principal foram substituídos por combates em turnos, como em RPGs tradicionais.
Batalhas navais u871
Além dos combates em terra firme, o jogo também traz um grande enfoque na sua vida de pirata, em que os jogadores podem montar uma tripulação pirata e atualizar seu próprio navio, o Goromaru, utilizado para explorar o mar e se envolver em combate com outros navios piratas.
A navegação com o navio não acontece em mar aberto dentro do jogo e sim em áreas específicas, já tendo um mapa com uma zona restrita para a exploração, mostrando os pontos de interesses principais para a campanha, assim como missões secundárias (exploração de ilhas e cavernas em busca de tesouros em sua maior parte) e navios piratas inimigos.
O combate de navios ocorre em tempo real, com a possibilidade de atirar com metralhadora pela proa (parte frontal do navio), e com canhões posicionados a estibordo (lado direito) e bombordo (lado esquerdo). Os canhões possuem poder destrutivo maior, porém é necessário posicionar o navio ao lado do inimigo, o que também te deixa mais vulnerável aos ataques. Em alguns casos, após vencer a batalha, é possível embarcar com a sua tripulação dentro do navio inimigo e enfrentar os tripulantes e derrotar o seu capitão.
Existe mais de 100 candidatos que podem ser encontrados em qualquer canto do jogo para serem seus tripulantes, sendo que cada um tem níveis de habilidades e forças diferentes para lhe servir. Você pode selecionar 34 membros, que serão distribuídos no Esquadrão de Canhão (responsável pelo poder de ataque), Esquadrão de Abordagem (a galera que vai invadir e lutar nos navios inimigos) e Esquadrão de e (que fornecem bônus como aumento de força, de vida, etc). Os tripulantes participam de missões e pode subir de nível e aprimorar suas habilidades, o que por consequência também vai melhorar o desempenho do seu navio.
Além disso, é possível aprimorar o seu navio, como poder de ataque e defesa, mas para isso vai precisar gastar dinheiro, ou ainda juntar materiais especiais para construir peças personalizadas (além de gastar dinheiro). Todo o seu navio, assim como Majima, pode ser personalizado, com muitas opções de peças/roupas, para você criar o seu barco e capitão pirata dos sonhos.
Eu gostei bastante desse enfoque na pirataria, pois além das batalhas, temos também uma preocupação com um lado mais estratégico, não se resumindo apenas à "navegue pelos mares e atire nos inimigos". Aliás, toda essa vibe e atmosfera de piratas é muito bacana, ível e divertida, com muita inspiração na franquia Os Piratas do Caribe da Disney.
Uma aventura curta 6b5j44
Os dois últimos Like a Dragon com Kasuga têm cerca de 50 horas apenas a campanha principal, facilmente ultraando as 100 horas para quem busca fazer as missões secundárias e completar o jogo 100%. Já Pirate Yakuza in Hawaii é bem mais curto: ele possui cerca de 20 a 25 horas, apenas a campanha principal, divididas em 5 capítulos (bem longos para serem finalizados).
Mas, assim como os outros jogos da série, ele possui várias missões secundárias, tesouros para serem descobertos, uma lista de inimigos perigosos para derrotar, desafios especiais e até mesmo cartuchos perdidos de jogos de Master System (sim, é possível jogá-los, além dos arcades da Sega), que vai levar o jogador a ar mais de 50/60 horas para completar tudo. Particularmente, eu gostei do jogo ser mais curto, deu pra curtir bem o game sem ser muito cansativo.
Em termos de audiovisual, o game mantém o alto nível de qualidade de Infinite Wealth, apresentando um mundo grande, detalhado e cheio de vida, incentivando a exploração e tornando a experiência bem imersiva. As cutscenes, animações que nos apresentam a narrativa, continuam impecáveis, com cenas cinematográficas emocionantes, embaladas por uma bela trilha sonora e dublagens que entregam performances emocionantes (recomendo fortemente ouvir a japonesa).
Por fim, vale ressaltar que o game está disponível com áudio em japonês e inglês, e está com os menus e textos totalmente localizados para o português do Brasil - e mais uma vez, parabéns ao pessoal da localização, que assim como nos games anteriores, mandou muito bem ao adaptar os díalogos, gírias e até palavrões para o nosso jeitinho brasileiro, fazendo com que Majima e outros personagens se pareçam com nossos próprios parças de bagunça.
Considerações 5i713j
Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é um jogo incrivelmente divertido que vai te entreter do início ao fim. Ele oferece uma história envolvente com personagens carismáticos, um sistema de combate dinâmico e cheio de ação em tempo real, um inédito sistema de pirataria muito bacana de se jogar, além de uma montanha de conteúdos secundários para você continuar jogando, mesmo após ter finalizado a história principal.
Infelizmente, ele perde uns pontinhos por reciclar material do incrível Like a Dragon: Infinite Wealth, às vezes até parecendo uma expansão dele, mas isso não tira o brilho de suas qualidades e a identidade própria que o jogo possui. Este é mais um capítulo que os fãs de Like a Dragon não devem perder de jeito nenhum, e se você não conhece a série ainda, é uma ótima maneira de começar a jogá-la e de iniciar o seu 2025 com o pé direito, garanto que não vai se arrepender.
Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii chega em 21 de fevereiro para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S.
Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Sega.