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Como peixes gigantes de mais de 70 kg foram encontrados por pescadores em rios na Bahia 3m723c

Pirarucu, peixe da bacia amazônica, foi capturado na região de Malhada e de Dom Basílio. Grupo exibiu o feito como troféu, mas pesquisador aponta para risco ambiental 33476n

25 abr 2025 - 22h39
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Relatos sobre um peixe gigante em um banhado, às margens do Rio São Francisco, intrigaram moradores do povoado de Pau d'Arco, no município de Malhada, no sudoeste da Bahia. 335r5d

No último dia 16, eles capturaram um peixe de escamas avermelhadas, com quase dois metros de comprimento e 78 quilos, desconhecido na região. A façanha foi postada em redes sociais, com o peixão exibido como um troféu.

Trata-se de um pirarucu, peixe da bacia amazônica que não é encontrado em rios baianos. Só então se soube que, alguns dias antes, outro peixe ainda maior, da mesma espécie, havia sido retirado das águas por outros pescadores na barragem do Rio do Paulo, em Dom Basílio, também no sudoeste baiano.

O pirarucu pesou 87 quilos. A distância entre as duas cidades é de 260 km, o que pode indicar que o peixão amazônico está se espalhando pelos rios da Bahia.

O exemplar de 78 quilos foi fisgado pelos pescadores identificados apenas com os primeiros nomes: Celson, Reinaldo, Romário, Sebastião e Adélio.

A carne do peixe, muito requisitada pela textura e sabor, foi dividida entre eles. Já o peixe maior foi capturado com uma rede pelos pescadores Marcelo Resende, Marivan e Marquinhos, que moram em Livramento de Nossa Senhora, cidade vizinha a Dom Basílio. Eles tiveram a ajuda de outras pessoas para tirar o pirarucu do lago.

Risco para outras espécies 6h2x3a

Para o pesquisador Francisco Kelmo, professor de Ecologia e Biodiversidade do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), embora a novidade possa agradar os pescadores, é muito preocupante para o meio ambiente.

"A existência de pirarucu vivendo livremente nas águas do rio (São Francisco) pode colocar em perigo a existência de outras espécies de peixes da região e, assim, promover perda da biodiversidade da ictiofauna local", disse ao Estadão.

O pescador profissional Nivaldo Rodrigues Alves disse nesta sexta-feira, 25, que os peixes gigantes continuam aparecendo. "Anteontem (quarta-feira, 23) pegamos um pirarucu de 80 quilos no Rio Turvo. A procura é grande, tanto pela carne do peixe, quanto pelos filhotes, que são levados para pesqueiros e criadouros", disse. Ele diz que os pescadores ajudam o meio ambiente ao pescar o peixão. "Se a gente não pesca, enche o rio desse peixe e não sobra espaço para os outros, pois eles criam rápido."

Conforme a Polícia Militar Ambiental informou na ocasião, ao contrário dos peixes nativos, não há limite de peso e quantidade para a pesca do pirarucu, que é considerada benéfica para a fauna nativa da região. Segundo a corporação, a presença do peixe em rios paulistas representa impacto ambiental, pois é uma espécie predadora e, devido ao seu tamanho, não tem predadores naturais para seu controle.

Estadão
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