‘Rastro de destruição': veja antes e depois dos lugares destruídos pelas enchentes em Porto Alegre um ano depois 5a5tt
Ao todo, 418 dos 497 municípios do RS declararam estado de calamidade ou de emergência em meio às enchentes --incluindo a capital 24c27
Na capital do Rio Grande do Sul, 125,5 mil pessoas foram atingidas pela enchente histórica que deixou 418 dos 497 municípios gaúchos em estado de calamidade ou de alerta em maio ado. O número de endereços atingidos foi 84,8 mil. Nem os cartões postais da cidade --como o Mercado Público de Porto Alegre e o Aeroporto Internacional Salgado Filho-- se safaram dos danos. Agora, um ano após a tragédia socioambiental, como estão esses locais? Confira em fotos. 551n34
- Essa reportagem faz parte da série O peso da Água, que aborda os traumas e as marcas dos moradores do Rio Grande do Sul mesmo um ano após as enchentes históricas. O Terra ou pelas cidades de Eldorado do Sul, Porto Alegre, Canoas (Mathias Velho) e São Leopoldo.
Ao andar pelo centro de Porto Alegre ou nas regiões mais altas da cidade, é preciso um olhar mais atento para enxergar as marcas da água. O Mercado Público, por exemplo, está completamente reconstruído. Por dentro, é possível notar que algo mudou. Há muita coisa nova no local, já que muito foi perdido. Em outros pontos, no entanto, é possível ver sinais das marcas do tempo que foram acelerados pela tragédia.
O Aeroporto Internacional Salgueira Filho foi outro endereço que ficou tomado pela água. Agora, ele funciona normalmente. Foi totalmente recuperado. Ao visitar o local, mesmo com imagens que registram o que aconteceu, é difícil acreditar que tudo desapareceu na água.
O bairro Sarandi foi um dos mais afetados pela enchente na cidade. Lá, a água chegou a quase cobrir as casas. Muitas se recuperaram. Mas há também as que ficaram destruídas.
Um ano das enchentes 3k1t4a
Entre as cidades mais afetadas pela enchente histórica que assolou o Rio Grande do Sul em maio ado, quanto a números absolutos, estão Canoas (157,8 mil atingidos), Porto Alegre (125.274), São Leopoldo (90.371), Rio Grande (70.930), Pelotas (49.795), Eldorado do Sul (32.509), Guaíba (31.175), Novo Hamburgo (29.161), Alvorada (25.825), Esteio (19.970) e Igrejinha (16.683).
Já considerando a porcentagem da população atingida, as cidades mais afetadas no Rio Grande do Sul pela enchente foram Eldorado do Sul (82,2% da população), Muçum (79,1%), Roca Sales (54,55%), Arambaré (51,9%), Travesseiro (51%), Igrejinha (50,9%), Colinas (49,6%), Arroio do Meio (48,2%), Marques de Souza (45,5%), Canoas (45,4%), São Sebastião do Caí (41,7%) e São Leopoldo (41,6%).
No total, em todo o estado, 970.788 pessoas foram atingidas pela enchente. Quantidade superior à de Estados brasileiros como o Acre (880.631), Amapá (802.837) e Roraima (716.793), que possuem menos de 1 milhão de habitantes cada, de acordo com o Censo de 2022. É como se a enchente tivesse devastado todo um Estado.
*A repórter Beatriz Araujo viajou para o Rio Grande do Sul a convite do Instituto Ideias de Futuro (https://institutoidf.org/).
** A série de reportagens O Peso da Água contou com a edição e coordenação de Aline Küller e Larissa Leiros Baroni