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Vídeo: 'Sou trabalhador, pra quê fazer isso', implorou jovem antes de PMs atirarem em SP 1c515t

Em um vídeo que circula nas redes sociais é possível ver que jovem implorou antes que policiais atirarem contra ele em São Paulo 42am

23 mai 2025 - 18h52
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Vídeo: 'Sou trabalhador, pra quê fazer isso', implorou jovem antes de PMs atirarem em SP
Vídeo: 'Sou trabalhador, pra quê fazer isso', implorou jovem antes de PMs atirarem em SP
Foto: Reprodução/ Globo / Contigo

As imagens captadas pelas câmeras corporais de policiais militares envolvidos na morte de Gabriel Ferreira Messias da Silva, em novembro de 2024, revelam detalhes cruciais sobre a abordagem fatal na Zona Leste de São Paulo. Gabriel, que trabalhava como entregador, foi baleado durante uma perseguição policial após sair de um posto de combustíveis e fugir. A ação, registrada pelos próprios agentes, mostra no vídeo obtido pela Rede Globo, o momento em que o jovem é atingido e cai ao solo, ainda consciente. Em meio à confusão, Gabriel suplica: "Sou trabalhador, senhor. Pra quê fazer isso comigo, meu Deus? Me ajuda, por favor". 416z3b

Segundo o boletim de ocorrência, os PMs afirmaram que reagiram a uma ameaça, alegando que Gabriel teria apontado uma arma para os agentes. No entanto, um relatório elaborado pela Defensoria Pública de São Paulo contesta essa versão. De acordo com o documento, não havia nenhuma arma visível com Gabriel no instante do disparo. As imagens gravadas mostram um dos policiais, o sargento Ivo Florentino dos Santos, chutando uma arma segundos antes de ela aparecer perto do corpo da vítima — elemento que levanta suspeitas sobre uma possível adulteração da cena.

A defensora pública Andrea Barreto, responsável pelo caso, afirmou que as imagens foram fundamentais para solicitar ao Ministério Público o afastamento cautelar dos agentes. "Há algo estranho, alguma inconsistência na versão apresentada pelos policiais. É o que mostram as câmeras corporais", declarou Barreto. Em um momento específico das gravações, é possível ouvir um dos PMs dizendo "Vira, vira, vira", o que, segundo a Defensoria, indica uma tentativa de desviar o enquadramento da câmera antes que a arma aparecesse em cena.

A mãe de Gabriel, Fernanda Ferreira da Silva, que trabalha como recepcionista no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), teve o às gravações e se pronunciou sobre o conteúdo. "Elas mostram nitidamente que, em volta do Gabriel, não tem arma nenhuma. Depois, mostra o policial que atirou nele falando: 'Vira, vira, vira'. Quando a câmera volta, mostra a arma no chão", afirmou. A versão oficial dos PMs alega que Gabriel teria se armado novamente após cair, mas essa narrativa não encontra respaldo nas imagens analisadas.

A Secretaria da Segurança Pública declarou que a Polícia Civil segue investigando o caso sob sigilo e que o inquérito da Polícia Militar foi concluído e encaminhado às autoridades competentes. A pasta ressaltou que não tolera desvios de conduta e que casos de excesso são punidos com rigor, "como a sociedade espera"

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