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'Não vou permitir circo no meu tribunal', diz Moraes ao repreender advogado em depoimento sobre golpe 206q

20 mai 2025 - 09h06
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Uma tensão marcou a audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, nesta segunda-feira (20). O episódio ocorreu quando o advogado do ex-ministro da Justiça Anderson Torres insistiu em questionar a origem da minuta de um decreto golpista, que é alvo de investigação pela Polícia Federal. 1z3q2p

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Foto: Rosinei Coutinho/STF / Perfil Brasil

Depois de quatro tentativas de reformular a mesma pergunta, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, interrompeu com firmeza. "Não vou permitir que a vossa senhoria faça circo no meu tribunal", declarou. Moraes também acusou o defensor de tentar "induzir a testemunha".

Qual o limite para a atuação do advogado na defesa? 204159

A audiência integra a fase de depoimentos do processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. Freire Gomes prestou depoimento como testemunha de acusação.

"O senhor já fez a mesma pergunta quatro vezes e a testemunha foi muito clara", reforçou Moraes antes de repetir sua advertência sobre o que classificou como tentativa de transformar o julgamento em um espetáculo.

O embate começou quando Eumar Novacki, advogado de Anderson Torres, perguntou ao general sobre a semelhança entre o documento encontrado na casa de Torres e o apresentado a ele no dia 7 de janeiro de 2023.

"O senhor disse que o decreto que foi apresentado ao senhor no dia 7 é o mesmo que foi encontrado na casa de Anderson Torres", afirmou o advogado.

Freire respondeu: "Isso. Eu não me lembro detalhes dos documentos exatos para comparar se era exatamente o mesmo. Mas o conteúdo sim, era o mesmo. Os pontos importantes eram semelhantes".

Na sequência, Novacki questionou se o general teria visto o mesmo documento circulando na internet, sugerindo que ele pudesse ter se confundido.

Torres, ligado ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram os prédios dos Três Poderes. A chamada "minuta do golpe" foi localizada pela PF em sua residência. Segundo os investigadores, o texto previa um decreto de estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A participação da defesa de Torres teve início quando Novacki quis saber por que Freire Gomes estava sendo ouvido como testemunha, e não como investigado. Ao ser questionado sobre reuniões com comandantes das Forças Armadas, o general respondeu que não se recordava do número exato, mas que teriam sido "poucas".

Perfil Brasil
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