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"100% da população de Gaza está ameaçada de fome", diz ONU, que critica distribuição de alimentos 5s502m

O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, afirmou nesta sexta-feira (30) que "Gaza é o lugar com mais pessoas famintas do mundo", onde "100% da população está ameaçada de fome". 6g95u

30 mai 2025 - 10h29
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O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, afirmou nesta sexta-feira (30) que "Gaza é o lugar com mais pessoas famintas do mundo", onde "100% da população está ameaçada de fome". t5234

Palestinos caminham por um mercado local, na Cidade de Gaza, nesta sexta-feira, após ataque aéreo israelense
Palestinos caminham por um mercado local, na Cidade de Gaza, nesta sexta-feira, após ataque aéreo israelense
Foto: AP - Jehad Alshrafi / RFI

"É a única área delimitada — um país ou território definido dentro de um país — onde toda a população corre risco de fome", disse Laerke durante uma entrevista coletiva em Genebra. 

Segundo ele, a ONU enfrenta dificuldades para levar ajuda humanitária ao território palestino, que ficou sem o aos mantimentos e outros produtos básicos durante semanas, após a retomada da ofensiva militar israelense, em maio.  

Desde a flexibilização parcial do bloqueio, em 19 de maio, 900 caminhões foram autorizados a entrar no enclave, mas apenas 600 conseguiram chegar até Gaza. Um número ainda menor teve o ao interior do território, devido aos bombardeios e à insegurança. 

"É uma distribuição de alimentos que chega a 'conta-gotas', dentro de um ambiente operacional extremamente . Trata-se de uma das operações humanitárias mais dificultadas da história recente", afirmou o representante da ONU.

Habitantes denunciam caos e humilhação na distribuição de alimentos  12301c

A distribuição foi retomada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e indigna os moradores do enclave. Eles aguardam, em suas próprias palavras, "as migalhas" distribuídas pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), criada em fevereiro de 2025 com o aval do governo israelense e apoio dos EUA. 

"Era melhor quando as ONGs faziam isso", disse Wassim Lahm, um morador da região que caminhou por quatro quilômetros para obter um pouco de comida. "Agora é um desperdício. Vi quatro mortos no caminho de volta", contou aos repórteres Rami al-Meghari e Alice Froussard, da RFI.

Hani Shaath, deslocado na região de al-Mawasi, contou que ou em meio a tanques e tiros para conseguir um pacote com farinha, óleo, macarrão e feijão. "Quem ultraava as barreiras era atingido. Vi alguém levar um tiro por ar um metro além do permitido."

Para Israel, "festa nacional" sa será em 7 de outubro 101h1u

Durante visita a Singapura, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o reconhecimento de um Estado palestino "não é apenas um dever moral, mas uma exigência política". Ele condicionou esse reconhecimento à libertação dos reféns, desmilitarização do Hamas e reforma da Autoridade Palestina. 

Macron também alertou que a França poderá endurecer sua posição contra Israel caso o bloqueio à ajuda humanitária continue. França, Reino Unido e Canadá emitiram um alerta ao premiê israelense Benjamin Netanyahu, criticando suas ações em Gaza. 

Após as declarações, o Ministério das Relações Exteriores de Israel acusou nesta sexta-feira (30) o presidente francês, Emmanuel Macron, de estar em uma "cruzada contra o Estado judeu".

"Não há bloqueio humanitário. Isso é uma mentira descarada", afirmou o ministério em comunicado, defendendo os esforços israelenses para permitir a entrada de ajuda no território palestino.

"Em vez de pressionar os terroristas jihadistas, Macron quer recompensá-los dando-lhes um Estado palestino", diz a nota. "Não há dúvida de que sua festa nacional será o 7 de outubro", acrescenta o texto, em referência ao ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra em Gaza.

Cessar-fogo? 4m2e3h

A Casa Branca anunciou que Israel aceitou a mais recente proposta de cessar-fogo dos EUA.  O Hamas ainda está analisando o plano e deverá responder em breve. 

O ministro israelense da Defesa, Israël Katz, desafiou abertamente nesta sexta-feira o presidente francês, Emmanuel Macron, e as Nações Unidas. Ele disse que autorizar a criação de Estado palestino na Cisjordânia estava fora de questão. O território palestino foi ocupado por Israel em 1967 e ele pretende "construir o Estado judeu" na região. 

A declaração ocorreu dia após o governo israelense anunciar um grande plano para expandir os assentamentos judaicos na Cisjordânia, denunciado pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Ele pediu a Israel que "cesse todas as atividades de assentamento", que são "ilegais e dificultam a paz". 

Com informações da AFP

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