Script = https://s1.trrsf.com/update-1748548509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

PM é condenado a 12 anos de prisão por matar homem gay que dançava na calçada em São Paulo 1z6ku

Silvio Ferreira Coelho foi baleado no rosto enquanto dançava; o cabo Renato Tavares Rocha estava comendo um lanche quando disparou rj52

26 fev 2025 - 22h34
(atualizado às 22h56)
Compartilhar
Exibir comentários
Silvio Ferreira Coelho foi baleado no rosto e encaminhado ao Hospital Municipal do Campo Limpo
Silvio Ferreira Coelho foi baleado no rosto e encaminhado ao Hospital Municipal do Campo Limpo
Foto: Reprodução/Google Maps

O cabo da Polícia Militar de São Paulo Renato Tavares Rocha foi condenado a 12 anos de prisão pela morte de Silvio Ferreira Coelho, de 47 anos. O crime ocorreu em janeiro de 2023, no Capão Redondo, zona sul da capital paulista. b3ye

O julgamento, realizado em 18 de fevereiro, reconheceu que o PM cometeu homicídio qualificado pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, conforme a Ponte. Silvio foi baleado no rosto enquanto dançava na calçada. No entanto, os jurados não aceitaram a tese do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) de que o crime teria sido motivado por homofobia.

O juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, aumentou a pena do policial em um sexto por entender que ele, por ser agente da segurança pública, deveria ter mais cautela no uso da arma. “Além disso, é certo que [a] sociedade espera de um policial militar um comportamento diametralmente oposto ao que se verificou nos autos, qual seja, o de evitar a prática de crimes”, afirmou na sentença.

Por outro lado, a pena foi reduzida ao mínimo legal devido à confissão espontânea do réu. Renato, que já estava preso no Presídio Romão Gomes, cumprirá a sentença em regime fechado.

Caso gerou acusações de homofobia 394p23

Segundo a denúncia do MP-SP, Renato estava de folga no dia do crime e caminhava pela Avenida Carlos Lacerda, uma área com casas noturnas e vendedores ambulantes. Por volta das 6h, ele parou para comer um lanche e, ao ver Silvio dançando, sacou a pistola e atirou.

A promotora Luciana André Jordão Dias destacou que a vítima era homossexual e frequentava a região, onde era bem conhecida. Para o MP, o policial atirou por estar “incomodado com a presença de um homossexual dançando alegremente”.

O disparo atingiu o rosto de Silvio, que caiu agonizando. Testemunhas relataram que, após o tiro, Renato continuou comendo e, em seguida, se aproximou da vítima e disse algo a ela, mas o conteúdo não foi registrado na denúncia. Silvio foi socorrido e levado ao Hospital do Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos.

“É certo que o crime foi cometido por motivo torpe, pois o denunciado matou a vítima por se tratar de homossexual que estava dançando próximo a ele, o que o incomodou. Vil e repugnante, portanto, a motivação”, escreveu a promotora na acusação.

Renato foi preso em flagrante no local do crime. Apesar das alegações do MP sobre a motivação do homicídio, o júri não reconheceu a homofobia no ato do policial.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade