Moraes brincou sobre perda de feriado antes de audiência com Cid: ‘Só não foi pior porque o Corinthians ganhou’ 421p20
Na ocasião, Timão venceu o Cruzeiro por 2 a 1 634f67
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma reclamação bastante inusitada durante audiência com o tenente-coronel Mauro Cid. Em momento de descontração com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o magistrado brincou que o feriado que antecedeu a reunião só não foi pior graças ao Corinthians. l2s51
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No Dia da Consciência Negra de 2024, o Timão venceu o Cruzeiro por 2 a 1, na Neo Química Arena, e deu um salto na tabela do Brasileirão. Ao ultraar Vasco e Atlético-MG, o time de Ramón Díaz chegou à nona colocação do nacional.
“Esse negócio, Paulo, de audiência, matou meu feriado ontem preparando essas perguntas, vou falar, viu? Só não foi pior porque o Corinthians ganhou do Cruzeiro e, agora, nós já estamos no G-8”, disse o ministro ao comentar a vitória do seu time no Brasileirão.
No dia seguinte ao jogo, Alexandre de Moraes participou de audiência com Paulo Gonet e Mauro Cid para analisar a validade do acordo de delação, que foi mantida.
A ata da audiência foi divulgada após Moraes retirar o sigilo da delação na quarta-feira, 19. A decisão ocorreu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar ao STF Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas por participação em uma trama golpista para manter o ex-presidente no poder após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Essa não é a primeira vez que o ministro do STF externa sua relação com o Corinthians. Também em novembro do ano ado, por exemplo, Moraes doou um valor não divulgado para a vaquinha de quitação da dívida da Neo Química Arena.
Entenda a denúncia da PGR 3p2r66
Bolsonaro foi denunciado pelos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Além do ex-presidente, a PGR também denunciou nesta terça-feira, 18, o ex-ministro general Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros 31 pelos crimes de:
- Golpe de Estado;
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Organização Criminosa.
O objetivo, segundo o relatório, era estabelecer uma "falsa realidade de fraude eleitoral" para que sua derrota não fosse interpretada como um acaso e servir de "fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022".
A investigação aponta ainda que a o ex-presidente tinha conhecimento de um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em nota, a defesa de Bolsonaro afirma que o ex-presidente "jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam". Também alegou ter recebido com "estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República"