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Desvalorização do dólar tem baixo impacto no real por questões internas; entenda 4z4kh

Para Morgan Stanley, dólar deve se desvalorizar em cerca de 9% até meio de 2026, chegando ao menor valor desde a pandemia 1s41m

7 jun 2025 - 04h59
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Resumo
Mesmo com a previsão de queda global do dólar em relação a outras moedas, fatores internos e fiscais no Brasil dificultam uma projeção clara de desvalorização frente ao real, apontando para incertezas no curto e médio prazos.
Desvalorização da moeda americana deve continuar até meados do ano que vem
Desvalorização da moeda americana deve continuar até meados do ano que vem
Foto: Kimie Shimabukuro/GettyImages

Os relatórios mais recentes de grandes bancos mundiais apontam para uma tendência de queda do dólar em relação às moedas que integram o Índice de Dólar dos EUA (DXY). 55047

Na última semana, analistas do Morgan Stanley chegaram a prever que o dólar chegará ao seu menor valor de mercado desde a pandemia. Aqui no Brasil, no entanto, a projeção de queda ou aumento do dólar depende de vários outros fatores.

As projeções do dólar no mundo 3p483t

Lucas Tavares, líder de operações de câmbio na WIT Exchange, explica que os relatórios internacionais comparam o dólar com a cesta de moedas que compõem o DXY. São elas: euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço.

Para o Morgan Stanley, o dólar deve se desvalorizar em cerca de 9% até meados de 2026. 

Paula Zogbi, gerente de investimentos da Nomad, analisa que as projeções de queda no crescimento da atividade vinculada à guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode estar pondo em dúvida a confiança no chamado "excepcionalismo americano". 

Ao mesmo tempo, os governos estão buscando alternativas para suas resevas internacionais para diminuir a dependência dos EUA, o que culminou também numa alta do ouro. 

Os especialistas também comentam a previsão de corte de juros pelo Banco Central americano, o FED. "Isso diminui a atratividade dos títulos públicos americanos", diz Paula.

"A diferença de juros dos Estados Unidos para outros centros mais fortes econômicos, como União Europeia e Inglaterra, vai acabar diminuindo. Então pode acontecer entradas de capitais maiores nessas outras economias", complementa Tavares.

As projeções do dólar no Brasil 422n46

Ao analisar o desempenho do dólar em relação ao real é preciso mais cautela. Em um primeiro momento, o líder de operações de câmbio Lucas Tavares diz que, sim, o Brasil pode ser favorecido por uma "perda de força" do dólar. "Porque o Brasil como um país emergente pode ser puxado por outros países e o real se fortalecer", afirma. 

Mas o otimismo para por aí. Em seguida, é preciso analisar o cenário econômico interno que, por enquanto, está marcado por incertezas.

Nas últimas semanas, o assunto que pesa sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foi alvo de um decreto do governo e teve suas alíquotas aumentadas. Logo depois, o governo voltou atrás em parte do decreto e, até agora, não há uma resolução final sobre o caso.

Lula fala em ‘afã’ de Haddad em anúncio do IOF, mas nega erro do ministro: ‘Queria anunciar rápido’:

"O cenário global pode favorecer e ajudar a nossa moeda a se fortalecer, mas, em contrapartida, a gente tem um cenário fiscal bem caótico, em que a gente acabou de ar por um aumento de IOF sobre as operações de câmbio, visando uma arrecadação maior principalmente, porque o Brasil precisa disso atualmente. Mas a gente não tem um plano muito bem estabelecido do que vai acontecer daqui para o final do ano", afirma Tavares.

Paula Zogby resume que "há espaço para desvalorização do dólar frente ao real no curto ou médio prazos, mas não é uma projeção simples de ser feita, e, por isso, focar no longo prazo tende a ser uma estratégia mais interessante".

Ainda neste raciocínio, ela complementa que, mesmo que o dólar esteja se desvalorizando em relação a moedas de países desenvolvidos, ele continua sendo um ativo de segurança. Esse é um status, inclusive, que a moeda norte-americana não deve perder durante as próximas décadas.

"É mais razoável imaginar que o dólar possa perder uma parte do seu espaço como reserva internacional, por exemplo, como já vem ocorrendo com uma busca mais intensa pelo ouro por parte de bancos centrais e tesouros nacionais, mas a liquidez e o tamanho do mercado americano não têm paralelo em outras economias e, portanto, há pouco espaço ou alternativa viável em um curto espaço de tempo", afirma. 

Fonte: Redação Terra
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