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'Andor' terá final grandioso após mexer com as bases de 'Star Wars'; leia entrevistas 5o371j

Além de Tony Gilroy, criador da série, elenco comenta os bastidores da temporada final que estreia nesta terça-feira, 22, no Disney+ 4v4a4

22 abr 2025 - 09h40
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O universo de Star Wars começa a se despedir de Andor nesta terça-feira, 22, com a estreia da segunda e última temporada no Disney+. Não só é uma das produções mais aclamadas e ousadas da franquia, como ajudou a mudar os paradigmas do que é esse universo criado por George Lucas há quase cinco décadas. Por isso, o final precisa, também, ser grandioso - o que é prometido por Tony Gilroy, criador da produção, logo no primeiro minuto de papo. 4g3e2n

"O que eu posso dizer? Vamos cobrir quatro anos, em vez de um só. A cada bloco de três episódios, vamos avançar um ano no tempo e aterrissar por dois ou três dias em momentos muito intensos. Vamos contar a jornada completa de Cassian Andor por meio do funil da rebelião até Rogue One — e de lá até Uma Nova Esperança", diz ele ao Estadão.

Personagens marcados pelo trauma e pela resistência 681b3w

A dimensão emocional continua sendo o coração da série e se espalha por vários núcleos e personagens. A atriz Adria Arjona, que interpreta Bix Caleen, descreve ao Estadão sua jornada nesta temporada como uma luta por sobrevivência após traumas profundos.

"Você vê esse efeito persistente do trauma, mas ao mesmo tempo tem tanta coisa acontecendo no mundo que é uma grande luta. Há coisas externas acontecendo com ela, mas também uma grande rebelião interna que precisa enfrentar," diz a atriz, que mergulhou em pesquisas sobre trauma auditivo após as cenas de tortura da primeira temporada.

"Conversei bastante com o Tony sobre isso. Já vimos cenas de tortura tantas vezes em filmes e séries, e o fato de eles terem escolhido uma tortura sensorial, auditiva, foi algo que eu, especificamente, não tinha visto muito", relembra Arjona sobre uma das cenas mais impactantes da primeira temporada - e que ajudaram a dar o tom sério da produção.

O conflito interno também permeia os personagens do lado imperial. Kyle Soller retorna como o obcecado Syril Karn, um burocrata que ainda tenta provar seu valor. "Na primeira temporada, o Syril sempre esteve nesse estado de 'tornar-se algo', mas sem saber exatamente o quê. Ele não sabe ao certo por quê. Está em busca de uma resposta, de uma ideologia que o salve", explica Soller ao Estadão, questionado sobre a motivação de Syril.

"No começo da temporada final, ele está se sentindo ótimo. Conseguiu uma promoção, as coisas estão indo bem, mas sempre existe esse sentimento de inquietação por baixo de tudo, de que algo mais ainda pode ser alcançado", acrescenta o ator ao Estadão.

Genevieve O'Reilly, que vive Mon Mothma há quase 20 anos, desde A Vingança dos Sith, diz que a personagem também ará por transformações. "Começamos com um casamento envolvendo Mothma, e depois vivemos grandes momentos políticos com ela. E há também o aspecto rebelde, claro. À medida que a história se aproxima de Rogue One, dá pra entender instintivamente quais são os os que levam até lá", diz. "Há o pessoal, o político e há uma mulher que ou a primeira temporada operando nas sombras, mas que agora precisa sair disso. É um grande momento em que ela precisa arriscar tudo".

Uma visão adulta do universo 'Star Wars' 1v1j4x

Para Gilroy, essa abordagem mais madura e realista é o que diferencia Andor de outras produções da saga. Quando questionado sobre por que é importante falar de política e relações humanas em Star Wars, ele responde. "Star Wars sempre foi político, desde 1977. E eu sempre examinei a relação do ser humano com o poder, com as organizações. Sempre fiz isso. Então não sei por que é surpresa que eu esteja fazendo isso de novo aqui".

O criador revela ainda que sua abordagem com a comunidade de fãs foi clara desde o início, sem nunca ter vontade de provocar. "Vamos esticar as coisas, abalar a estrutura tradicional, fazer mudanças controversas. Mas vamos levar Star Wars mais a sério do que qualquer outro já fez. Nada de cinismo, nada de piscadinhas para a câmera. Ninguém vai fazer piada dizendo que isso tudo é bobo. Vamos respeitar o cânone", explica.

O'Reilly, um nome que atravessa diferentes visões e momentos de Star Wars, complementa essa abordagem. "George Lucas já estabeleceu isso desde o início", diz. "Se você pensar no primeiro filme, Uma Nova Esperança, era extremamente político. Tinha uma voz política muito forte e era muito pessoal, muito humano. Andor observa a história humana por meio da ficção científica. Esse gênero nos dá liberdade para examinar nossa humanidade".

Para Gilroy, ficção científica política e adulta de 'Andor' pode ser só o começo
Para Gilroy, ficção científica política e adulta de 'Andor' pode ser só o começo
Foto: Disney+/Divulgação / Estadão

Com arcos mais curtos e ritmo acelerado, a temporada final de Andor promete uma sensação de perigo constante e uma evolução significativa dos personagens. "A escala da série é enorme e as transformações desses personagens também são enormes. Como atriz, foi um desafio mudar e calcular as mudanças de um ano para outro", confessa Arjona.

Assim, Andor encerra sua trajetória sem concessões, mostrando que a rebelião não nasce de slogans, mas de escolhas difíceis, perdas e convicções forjadas no limite. Uma despedida corajosa para uma série que ousou ir além das estrelas e que muda, definitivamente, as bases de Star Wars.

Estadão
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