Senadores viajarão aos Estados Unidos para visitar presas acusadas de participar de atos golpistas 614x2w
Parlamentares do Senado planejam uma visita à cidade de El Paso, no Texas, para acompanhar de perto a situação de três brasileiras detidas nos Estados Unidos. Elas foram presas por estarem em condição migratória irregular e são apontadas como participantes nos atos de vandalismo registrados em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. 7i1p
A viagem foi autorizada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado na última quarta-feira (28), como parte de uma série de diligências que investigam denúncias de maus-tratos e tortura contra presos por envolvimento na tentativa de golpe. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da comissão, ainda não definiu quando ocorrerá a visita.
A quem interessa a visita aos Estados Unidos? 144x2w
Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que integra a comitiva, há indícios de irregularidades no julgamento das brasileiras que deixaram o Brasil e pediram refúgio. À CNN, ele afirmou que o caso revela violações jurídicas no Brasil, especialmente na condução do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"Entendemos que essas pessoas se submeteram a um julgamento político, com diversas violações à lei brasileira, a começar pelo foro de julgamento, que não deveria ser o STF. Foram julgadas por um juiz parcial, e sem direito a uma pena individualizada e proporcional, e à própria produção de provas como o o às imagens internas. Por conta disso buscam asilo nestes países", disse.
A missão aos Estados Unidos segue um modelo semelhante ao da visita feita anteriormente à Argentina. Na ocasião, integrantes da CDH estiveram no país vizinho para avaliar a situação de brasileiros presos após condenações pelo 8 de Janeiro.
Participaram da ação oficial a própria Damares Alves e o senador Magno Malta (PL-ES). Os detidos na Argentina também haviam solicitado refúgio ao governo local, mas foram presos após o STF enviar pedidos formais de extradição.
No requerimento apresentado por Girão, o parlamentar argumenta que ainda há cerca de "200 pessoas ainda permaneçam privadas de liberdade", em condições descritas como "desumanas" e com registros de "abusos e violações dos direitos humanos".
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