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Justiça bloqueia medida de Trump que impedia Harvard de matricular estrangeiros 4w2q3z

Na quinta-feira (22/5), a secretária de Segurança Interna escreveu em rede social que Casa Branca revogou certificação da universidade para intercâmbios 'devido a falhas em cumprir a lei'. 4o26s

22 mai 2025 - 16h33
(atualizado em 23/5/2025 às 14h42)
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Harvard classificou a decisão do governo Trump como 'ilegal'
Harvard classificou a decisão do governo Trump como 'ilegal'
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Uma juíza emitiu uma decisão bloqueando temporariamente o plano do governo de Donald Trump de revogar a permissão da Universidade Harvard para matricular estudantes estrangeiros. 6o1q4e

A juíza federal Allison Burroughs emitiu a liminar temporária em uma decisão breve divulgada na sexta-feira (23/05).

A decisão ocorreu após Harvard processar o governo Trump. Esse é mais um capítulo que intensifica a disputa entre a Casa Branca e uma das instituições de ensino e pesquisa mais prestigiadas dos Estados Unidos.

Na ação judicial movida na cidade de Boston, a universidade classificou as ações do governo como uma "violação flagrante" da lei.

A ação ocorre um dia após autoridades do Departamento de Segurança Interna anunciarem que revogariam o o de Harvard aos programas de vistos de estudantes.

O governo Trump afirma que Harvard não fez o suficiente para combater o antissemitismo e mudar práticas de contratação e issão — alegações que a universidade nega com veemência.

"Condenamos esta ação ilegal e injustificada", disse o reitor de Harvard, Alan Garber, em uma carta.

A medida suspende uma ação do Departamento de Segurança Interna (DHS), tomada na quinta-feira, que revogava o o de Harvard ao Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP) - um banco de dados do governo que gerencia estudantes estrangeiros.

Há cerca de 6.800 estudantes internacionais em Harvard, representando mais de 27% das matrículas deste ano.

Entenda o caso 2dp6b

Na quinta-feira (22/5), o governo de Donald Trump anunciou medidas para impedir que Harvard matricule estudantes estrangeiros.

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, escreveu na rede social X que o governo revogou a "certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio devido a falhas [de Harvard] em cumprir a lei".

"Que isso sirva de aviso a todas as universidades e instituições acadêmicas do país", acrescentou ela.

Quase 7 mil estudantes estrangeiros estavam matriculados na universidade no último ano letivo, segundo dados da própria instituição — o que representa 27,2% do corpo discente.

Em um primeiro comunicado, Harvard classificou a decisão do governo como "ilegal".

"Estamos totalmente comprometidos em manter a capacidade de Harvard de receber nossos estudantes e acadêmicos internacionais, que vêm de mais de 140 países e enriquecem a universidade — e esta nação — imensamente", afirmou a instituição na quinta-feira (22/5).

"Estamos trabalhando agilmente para dar orientação e apoio aos membros da nossa comunidade. Esta retaliação [de Trump] ameaça causar sérios danos à comunidade de Harvard e ao nosso país, além de minar a missão acadêmica e de pesquisa de Harvard."

A Casa Branca vinha exigindo que a universidade implementasse mudanças nas práticas de contratação, issão e ensino para combater o antissemitismo no campus.

O governo Trump também ameaçou revogar a isenção fiscal da universidade e congelar bilhões de dólares em subsídios governamentais.

Harvard afirmou anteriormente que já tomou diversas medidas para combater o antissemitismo e que as exigências visam controlar as "condições intelectuais" da universidade.

Medida contra Harvard foi anunciada por Kristi Noem, secretária de Segurança Interna do governo Trump
Medida contra Harvard foi anunciada por Kristi Noem, secretária de Segurança Interna do governo Trump
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Em abril, Noem ameaçou revogar o o da universidade a programas de visto para estudantes caso a instituição não atendesse a uma ampla solicitação por o a registros istrativos de seus estudantes internacionais.

Em um documento desta quinta-feira, Noem afirmou que Harvard deve cumprir uma lista de exigências para ter a "oportunidade" de recuperar a possibilidade de matricular estudantes estrangeiros.

As exigências incluem o o a registros disciplinares de estudantes americanos matriculados em Harvard nos últimos cinco anos.

Noem também exigiu que Harvard entregasse registros, vídeos e áudios de atividades "ilegais" e "perigosas ou violentas" no campus, incluindo com a participação de estudantes americanos.

A notificação deu a Harvard 72 horas para atender à solicitação do Departamento de Segurança Interna.

O governo Trump vem tentando restringir drasticamente os vistos para estudantes estrangeiros, causando caos e confusão nos campi universitários dos EUA e levando a uma onda de processos judiciais.

Em alguns casos, essas revogações pareceram afetar estudantes estrangeiros que já participaram de protestos políticos ou que tiveram infrações de trânsito e antecedentes criminais.

Harvard conseguiu resistir à ofensiva de Trump, em parte, por conta de seu patrimônio: esta é a universidade mais rica do país e do mundo.

Ela tem um patrimônio (ativos próprios que investe para financiar suas atividades) de US$ 53 bilhões (R$ 308 bilhões), mais que o Produto Interno Bruto (PIB) de 120 países, incluindo Islândia, Bolívia, Honduras e Paraguai.

Esse patrimônio é composto por doações milionárias, mensalidades altas, investimentos bem-sucedidos, isenções fiscais e verbas públicas.

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