Quadro encontrado em celeiro é leiloado por mais de R$ 30 milhões 6cq3h
Obra pintada pelo artista holandês Frans Post foi encontrada em um celeiro de Connecticut, nos Estados Unidos, em 1998 mg26
Pintura do século 17 de Frans Post, retratando Olinda, foi leiloada por cerca de R$ 33,3 milhões após ser restaurada; descoberta em um celeiro nos EUA, é considerada uma das obras mais importantes do artista.
Uma pintura do século 17, representando a cidade de Olinda, foi arrematada por US$ 6 milhões (cerca de R$ 33,3 milhões, de acordo com a cotação atual) em um leilão. A peça, que foi pintada há mais de 300 anos pelo artista holandês Frans Post, foi encontrada no porão de um celeiro. r5t2d
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A venda aconteceu no fim de maio deste ano. Em entrevista à revista de luxo internacional “Robb Report”, o presidente e co-diretor mundial de pinturas de Velhos Mestre da Sotheby’s, casa de leilão responsável pela venda, George Wachter afirmou que a pintura “Vista de Olinda, Brasil, com Ruínas da Igreja dos Jesuítas” foi encontrada em 1998, em Connecticut, nos Estados Unidos.
“Estava imunda, preta, suja. Mal dava para ver”, conta.
A peça de 60cm por 89cm foi restaurada por Nancy Krieg, uma famosa conservadora de pinturas holandesas e flamengas de Nova Iorque. Segundo ela, o processo de restauração envolveu cotonetes e solventes. Antes da venda, a peça estava estimada entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões, devido à qualidade e seu lugar na história da arte.
Ela é datada de 1666, em óleo sobre de carvalho da Europa Ocidental. Ela circulou entre as coleções parisienses e foi comprada no século XIX pelo marchand Charles Simon por 160 francos, em nome do cardeal e tio materno de Napoleão Bonaparte, Joseph Fesch.
Não se sabe como ela pode ter parado em um celeiro. A especulação de Wachter é que ela estava “escondida” há pelo menos 100 anos, mas foi descoberta.
“Esta seria uma de suas maiores obras”, diz David Pollack, vice-presidente sênior e chefe de pinturas de antigos mestres da casa de leilões.
Diferente do esperado de artistas holandeses da época de Post, que pintavam paisagens locais e familiares, ele viajou para o Brasil. “Ele pintava para um mercado muito aberto e pronto. Esse era o seu cartão de visita, essas vistas do Brasil. E ter algo dessa escala certamente o coloca no topo, sem dúvida”, explica o especialista.