Evo Morales diz esperar contar com Lula para ‘salvar a Bolívia’ 5a2t6y
Ex-presidente boliviano enfrenta acusações na Justiça e busca voltar à disputa eleitoral 3n161i
Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, busca apoio de Lula para superar a crise econômica do país e reverter sua exclusão da corrida eleitoral, enquanto vive escondido.
Acusado de estupro e tráfico de pessoas, o ex-presidente da Bolívia Evo Morales tenta voltar a poder disputar o cargo. 1s3d11
Ele está impedido de disputar o pleito e é considerado foragido, mas diz que não há crime. Agora, ele pede apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ‘salvar’ o país.
"Espero que o presidente, que já me ajudou a salvar a Bolívia, ajude novamente a salvar a Bolívia economicamente. É um presidente humanista. Não perdemos a esperança. Com a luta social, legal, vamos ganhar esta batalha”, declarou ao programa Domingo Espetacular, da TV Record.
O país vive uma grave crise econômica desde 2023, com a inflação alta, escassez de dólar e gasolina, devido à falta de reservas internacionais. Os postos de combustível, por exemplo, formam enormes filas e nem todos conseguem abastecer.
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Escondido e escoltado 24 horas por dia 1n6o4k
Evo vive escondido na região de Shinahota, onde é escoltado por 3 mil indígenas armados com lanças, que cumprem turnos e regras para manter a segurança do político.
Isso ocorre devido à sua situação com a Justiça, na qual enfrenta a acusação de ser autor de um estupro contra uma adolescente de 16 anos e também de tráfico humano. Para o ex-chefe de Estado, as histórias são inventadas.
"Não houve tráfico e nem estupro. O caso está encerrado, não há o que debater. Se não há vítima, não há delito e isso já investigaram. Não encontraram nada".
No entanto, não é o que acredita a Justiça boliviana, que reabriu o caso no ano ado e expediu um mandado de prisão em janeiro.
Candidatura 6fw4z
Evo esteve à frente do país por três mandatos consecutivos, entre 2006 e 2019, ano em que renunciou ao cargo após denúncias de fraude nas eleições. Esteve fora da Bolívia por um ano, mas, ao voltar, viu seu, até então, aliado político, Luis Arce, ser eleito à presidência.
O ex-mandatário o acusa de tentar matá-lo em 2024, quando o carro no qual estava foi alvo de tiros. O motorista ficou ferido. “O presidente é o cabeça. Os ministros não fazem nada sem as ações do presidente", afirmou.
O político não conseguiu registrar sua candidatura para concorrer ao pleito que ocorreu em agosto. Ele diz que teve a sigla do partido "roubada" e, quando conseguiu uma nova, a Justiça o "eliminou".
"É uma forma de atentar contra a democracia. É uma ruptura da ordem constitucional. Um golpe à democracia é o que vivemos. Porém, a batalha legal e social é que vão definir isso. Não perdemos a esperança", disse.
Evo lidera hoje um novo partido que leva seu nome, o Evo Povo. Ele tenta se manter no jogo para disputar as eleições, mesmo com o partido ainda não oficialmente registrado, mas se mantém otimista.
"Eu digo: se a eleição for amanhã, podemos ganhar com 60%, no mínimo, senão, mais. Então, não querem", declarou.