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Sintonia de Lula e Macron é grande, mas não vence barreira sa ao acordo UE-Mercosul 6q4t53

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega à França na tarde desta quarta-feira (4) e até o dia 9 de junho seguirá uma agenda que prevê vários compromissos ao lado do colega Emmanuel Macron. Uma parceria que vai render ampliação de cooperações bilaterais e reforço no discurso em defesa do meio ambiente, importante para Lula, que será anfitrião, este ano, da COP30. Analistas ouvidos pela RFI, no entanto, dizem que não deve haver avanços em outro tema sensível para o brasileiro, o acordo Mercosul-União Europeia. 5r6672

4 jun 2025 - 04h56
(atualizado às 16h23)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega à França na tarde desta quarta-feira (4) e até o dia 9 de junho seguirá uma agenda que prevê vários compromissos ao lado do colega Emmanuel Macron. Uma parceria que vai render ampliação de cooperações bilaterais e reforço no discurso em defesa do meio ambiente, importante para Lula, que será anfitrião, este ano, da COP30. Analistas ouvidos pela RFI, no entanto, dizem que não deve haver avanços em outro tema sensível para o brasileiro, o acordo Mercosul-União Europeia. 5r6672

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (à direita), e o presidente da França, Emmanuel Macron, apertam as mãos após em acordos no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, em março de 2024.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (à direita), e o presidente da França, Emmanuel Macron, apertam as mãos após em acordos no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, em março de 2024.
Foto: AP - Eraldo Peres / RFI

Raquel Miura, correspondente da RFI em Brasília

O Brasil sob a gestão Lula e a França com a presidência de Macron estão do mesmo lado em várias batalhas internacionais sem armas. Da condenação aos ataques israelenses na faixa de Gaza à regulação das big techs, ando pela defesa da democracia e de organismos multilaterais nas áreas de comércio e saúde, os dois presidentes compartilham hoje de visões e atuações geopolíticas, reforçadas pela nova ascensão de Donald Trump nos Estados Unidos.

Mas o que já é visto como uma alternativa viável por alguns países europeus frente à instabilidade tarifária mundial e às guerras, ainda é o calcanhar de Aquiles na relação entre o brasileiro e o francês: o Acordo Mercosul-União Europeia.

"O tratado entre os dois blocos é muito difícil de ser concretizado. Lula tem poucas chances de convencer Macron. O presidente francês não pode se reeleger, mas ele teme o avanço da extrema direita no seu país e na Europa como um todo. E parte dos votos dos protecionistas pode ir, nessa conjuntura de liberalização de comércio com o Mercosul, justamente para esse campo político", afirmou o analista internacional Vinícius Vieira, professor da FAAP e FGV.

Outro especialista internacional, Roberto Goulart Menezes, professor da Universidade de Brasília, afirmou que alguns gargalos até foram superados, mas a situação interna sa realmente pesa bastante:

"O acordo EU-Mercosul ganha um novo sentido com o tarifaço de Donald Trump. E tem mobilizado autoridades dos dois lados. Mas o país que mais resiste é a França. Nós vimos recentemente protestos de agricultores ses e vemos alguns setores produtivos de lá colocando dificuldades na negociação. Além disso, a extrema direita tem sido ofensiva contra o tratado e mobiliza parte da sociedade sa", avalia Menezes.

Meio ambiente 1p3e

Com Donald Trump encabeçando o esvaziamento da pauta verde, Lula precisa reforçar o peso diplomático em torno de assuntos como transição energética e mercado de carbono, especialmente de olho no principal evento ambiental do ano, que é a COP30 no Brasil. E a visita a Macron é considerada por integrantes do governo importante para isso, já que a pauta ambiental é outro denominador comum entre os dois presidentes

"Ambos defendem o multilateralismo, a promoção de valores democráticos e uma ordem internacional mais equilibrada. Mas o tema mais imediato que aproxima ambos os líderes é a agenda climática. E Lula precisa, e está buscando, construir alianças com outros países relevantes do mundo, em especial países europeus, como a França e a Alemanha, para dar densidade e legitimidade à liderança brasileira nesse processo climático", destacou Laerte Apolinário, da PUC/SP.

O analista internacional disse que Lula e Macron já pediram que países apresentem novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) antes da COP30 e considera que a parceria é crucial nessa seara.

"A gente tem visto que com o desmonte da agenda ambiental por parte do governo Trump e, em especial, da agenda climática, Lula tem procurado se articular com outros líderes para promover a COP e, mais do que isso, manter vivas as ambições do acordo de Paris. Nesse contexto, a França acaba se tornando um aliado importante", afirmou Apolinário.

RFI A RFI é uma rádio sa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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