Milhares vão às ruas na França no Dia do Trabalho; socialistas são alvo de black blocs 2h3r1g
Mais de 300 mil pessoas foram às ruas na França nesta quinta-feira (1º) - cerca de 100 mil em Paris - para comemorar o Dia do Trabalho, de acordo com estimativas da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), um dos principais sindicatos ses. Segundo o sindicato, houve cerca de 270 manifestações em todo o país. As autoridades sas ainda não divulgaram o balanço oficial dos protestos, mas segundo a polícia, 29 pessoas foram presas na capital. y2d2s
Mais de 300 mil pessoas foram às ruas na França nesta quinta-feira (1º) - cerca de 100 mil em Paris - para comemorar o Dia do Trabalho, de acordo com estimativas da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), um dos principais sindicatos ses. Segundo o sindicato, houve cerca de 270 manifestações em todo o país. As autoridades sas ainda não divulgaram o balanço oficial dos protestos, mas segundo a polícia, 29 pessoas foram presas na capital. y2d2s
Os protestos foram marcados por um incidente envolvendo o Partido Socialista, que denunciou as agressões sofridas por alguns de seus militantes e representantes no cortejo parisiense do 1º de Maio.
Manifestantes vestidos de preto, alguns carregando bandeiras antifascistas, empurraram membros do partido que estavam em um estande no trajeto da manifestação. "Todo mundo odeia o PS", gritavam os manifestantes.
"Estamos prestando queixa e não deixaremos nada ar. Nunca aceitaremos a violência de fanáticos que não servem a nenhuma causa e destroem as lutas coletivas", declarou o primeiro secretário do Partido Socialista, Olivier Faure, na rede social X. Ele agradeceu "a polícia e os militantes que interferiram com coragem para evitar o pior".
"Violências graves e inaceitáveis. Esses perturbadores são inimigos dos trabalhadores e da esquerda. Todo meu apoio aos camaradas feridos", escreveu o deputado socialista Boris Vallaud, anunciando que levará o caso ao Ministério Público. "Eles não nos assustam, não calarão os socialistas", acrescentou.
O deputado socialista Jérôme Guedj teve que deixar a manifestação.
"Um primeiro grupo nos fez gestos obscenos, nos insultou de 'traidores' cantando 'todo mundo odeia o PS'", contou Guedj. "Depois chegaram 20-30 pessoas vestidas de preto, como black blocs. Elas bateram em algumas pessoas e lançaram vários explosivos".
As acusações de "traição" são recorrentes contra o PS dentro da esquerda radical e da extrema esquerda, desde a decisão do partido de não votar as moções de censura contra o ex-primeiro-ministro François Bayrou, no ano ado.
"Fomos insultados e depois atacados por black blocs: eles arrancaram nossas bandeiras e faixas, deram chutes, socos e um camarada foi linchado no chão, outro foi ferido", contou no X a eurodeputada Chloé Ridel. O estande do PS foi "destruído", acrescentou.
O ministro do Interior, Bruno Retailleau, confirmou que "as forças de ordem intervieram para garantir a segurança dos locais e realizar detenções".
"Todo meu apoio aos militantes agredidos. Não recuaremos diante da violência política que a extrema esquerda tenta instaurar em nosso país", acrescentou no X.
Marine Le Pen visita reduto eleitoral 3r5z4k
Diante de cerca de 5 mil militantes na cidade de Narbonne, no sul da França, a líder de extrema direita sa Marine Le Pen aproveitou o 1º de maio para alertar contra o "confisco da democracia". Em março de 2025, ela foi considerada culpada e terá que cumprir pena quatro anos de prisão - dois deles usando um bracelete eletrônico.
A líder de extrema direita foi condenada no chamado caso dos assistentes parlamentares. O processo analisou o desvio de fundos destinados ao pagamento de assessores do Parlamento Europeu, utilizados para remunerar funcionários do partido de Le Pen.
Ela também foi multada em € 100 mil e declarada inelegível por cinco anos, o que a impede de concorrer às eleições presidenciais de 2027.
Le Pen e outros membros do RN recorreram da decisão, alegando que se tratava de uma "decisão política" e de uma "violação do Estado de direito".
O partido também foi multado em € 2 milhões, e os assistentes parlamentares envolvidos foram considerados culpados de receptação de bens roubados. O dano total estimado pelo tribunal é de € 2,9 milhões.
Marine Le Pen apelou da decisão e um novo julgamento ocorrerá no primeiro semestre de 2026.
Com informações da AFP