Macron defende seus oito anos de governo, mas sofre duras críticas de opositores de direita e esquerda 45hz
Os jornais ses desta quarta-feira (14) analisam a entrevista de mais de três horas concedida pelo presidente Emmanuel Macron na noite de terça-feira (13) na TV aberta do país, em que o centrista defendeu o balanço de oito anos de seu governo. Tendo o jornalista Gilles Bouleau como mediador, o programa no canal TF1 contou com a presença de diversos debatedores para confrontar as ações do líder francês e cobrar soluções para os principais problemas do país, que contou com a audiência de quase 5 milhões de telespectadores. 5e2m6
Os jornais ses desta quarta-feira (14) analisam a entrevista de mais de três horas concedida pelo presidente Emmanuel Macron na noite de terça-feira (13) na TV aberta do país, em que o centrista defendeu o balanço de oito anos de seu governo. Tendo o jornalista Gilles Bouleau como mediador, o programa no canal TF1 contou com a presença de diversos debatedores para confrontar as ações do líder francês e cobrar soluções para os principais problemas do país, que contou com a audiência de quase 5 milhões de telespectadores. 5e2m6
Emmanuel Macron começou enfatizando o seu compromisso diplomático, destacando o objetivo de obter um "cessar-fogo" na Ucrânia e afirmando estar pronto para discutir com outros países europeus a implantação de aeronaves sas equipadas com armas nucleares.
Afirmando que não cabia a ele descrever a situação em Gaza como "genocídio", mas sim aos "historiadores", o presidente francês denunciou duramente a política do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: "é inaceitável", "uma vergonha", cita o jornal Libération.
Da Ucrânia à crise nas vagas em prisões sas, o presidente falou de quase todos os aspectos do governo.
Debate sobre financiamento 4c1f5o
O chefe de Estado pediu a abertura de um debate sobre o financiamento do modelo social francês. "Espero que seja realizada uma conferência social sobre o financiamento do nosso modelo social. Ele completa 80 anos este ano, é um tesouro da República", avaliou Macron. "Acontece que o financiamento depende muito do trabalho. Precisamos começar a pensar em alternativas", disse o presidente, citando a pista de taxar mais o consumo, sem entrar em detalhes, destaca o diário.
A secretária-geral da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), Sophie Binet, o criticou por dar "bilhões de euros em presentes" às empresas e recusar um referendo sobre a revogação da reforma da previdência, como aponta o jornal Le Figaro. Diante do relato de planos sociais e cortes de empregos, ele atribuiu essas dificuldades à "crise industrial na Europa".
A mesma atitude defensiva foi tomada em relação à ensaísta liberal Agnès Verdier-Molinié, que lembrou a mudança nas contas públicas desde que Emmanuel Macron chegou ao poder. "Não podemos reduzir impostos se não reduzirmos os gastos do outro lado", disse ela. O chefe de Estado atribuiu a explosão das contas públicas à crise, dizendo que assumiria "totalmente o custo" associado à pandemia de Covid-19. Para criar espaço de manobra no orçamento, o presidente mencionou "simplificação" ou "vias" para a não renovação de cargos de servidores públicos.
Questões de saúde pública da França 2w5o2
"Por que não introduzir aulas de nutrição nas escolas e aumentar o número de horas dedicadas à atividade física?", perguntou Tibo InShape, o influenciador mais seguido da França, o número um do mundo no YouTube, especializado em conteúdo sobre fisiculturismo. Ele lembrou que "o sedentarismo e a obesidade são grandes problemas de saúde pública". Em concordância a estrela da web que já revelou ter votado nele, Macron respondeu: "Ele está absolutamente certo", e acrescentou que "30 minutos de esporte todos os dias na escola são uma ferramenta fantástica, como disse Tibo InShape, para prevenir o excesso de peso".
O jornal católico La Croix destacou a intenção de Macron de organizar um referendo sobre a eutanásia, caso o texto atualmente em análise fique "bloqueado" no Parlamento. Macron "deseja" que o projeto de lei sobre o fim da vida seja aprovado. "Sou a favor de ajudar as pessoas a partirem com dignidade", disse, citado pela reportagem. "É uma lei de humanidade e fraternidade", argumentou Macron, em resposta a Charles Biétry, um ex-jornalista esportivo que sofre de uma doença degenerativa e considera recorrer ao suicídio assistido na Suíça.
"Impotente", "desconectado", "sem fôlego": oposição esmaga Macron q1m3a
Decepcionados com o longo discurso televisionado de Emmanuel Macron e frustrados pela falta de confirmação sobre possíveis referendos, seus oponentes, tanto da direita quanto da esquerda, criticaram duramente o desempenho de um chefe de Estado que eles classificaram nesta quarta-feira como "impotente" e "sem fôlego".
Na noite de terça-feira, no TF1, "tivemos um presidente no final de seu mandato, sem maioria parlamentar, que pensava que era o primeiro-ministro", resumiu o ex-presidente francês, François Hollande, ao portal de notícias info. Hollande também demonstrou claramente seu descontentamento, em entrevista ao site do Libération, sobre a imprecisão de Macron na questão da realização de um ou mais referendos durante seu discurso.
Na TV, o centrista mencionou a ideia de organizar "uma consulta múltipla" com vários referendos "nos próximos meses". Contudo, nenhum tema específico foi dado. Reformas "educacionais ou sociais" poderiam ser implementadas por esse caminho, usado pela última vez na França em 2005. Mas Macron não convenceu seu antecessor. "Não existem questões múltiplas na Constituição", descartou o socialista, atualmente membro da Assembleia sa.