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Alemanha dissolve grupo de extrema direita antissemita que criou 'reino' paralelo com moeda e leis próprias 41b21

A organização "Reino da Alemanha" foi dissolvida nesta terça-feira (13) por rejeitar o Estado alemão, promover teorias conspiratórias antissemitas e atuar ilegalmente nos setores bancário e de seguros. Fundado em 2012 por Peter Fitzek, ex-instrutor de caratê que se autoproclamou rei, o "Königreich Deutschland" tem sede no leste da Alemanha, nas proximidades de Wittenberg, entre Berlim e Leipzig. 4j1n6q

13 mai 2025 - 09h48
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A organização "Reino da Alemanha" foi dissolvida nesta terça-feira (13) por rejeitar o Estado alemão, promover teorias conspiratórias antissemitas e atuar ilegalmente nos setores bancário e de seguros. Fundado em 2012 por Peter Fitzek, ex-instrutor de caratê que se autoproclamou rei, o "Königreich Deutschland" tem sede no leste da Alemanha, nas proximidades de Wittenberg, entre Berlim e Leipzig. 4j1n6q

Peter Fitzek, o autoproclamado chefe do chamado “Reino da Alemanha” (Koenigreich Deutschland), posa para uma foto no portão de entrada, em Wittenberg, no leste da Alemanha, em 23 de outubro de 2023. O chamado Reino da Alemanha foi fundado pelo ex-chefe de cozinha e professor de caratê Peter Fitzek, que se ungiu como “rei” em 2012 em uma cerimônia elaborada, com direito a coroa e cetro. Fitzek e seus “súditos” fazem parte de um movimento conhecido como Reichsbuerger (cidadãos do Reich), um grupo informal de extremistas e teóricos da conspiração que rejeitam a legitimidade da moderna república alemã.
Peter Fitzek, o autoproclamado chefe do chamado “Reino da Alemanha” (Koenigreich Deutschland), posa para uma foto no portão de entrada, em Wittenberg, no leste da Alemanha, em 23 de outubro de 2023. O chamado Reino da Alemanha foi fundado pelo ex-chefe de cozinha e professor de caratê Peter Fitzek, que se ungiu como “rei” em 2012 em uma cerimônia elaborada, com direito a coroa e cetro. Fitzek e seus “súditos” fazem parte de um movimento conhecido como Reichsbuerger (cidadãos do Reich), um grupo informal de extremistas e teóricos da conspiração que rejeitam a legitimidade da moderna república alemã.
Foto: AFP - JENS SCHLUETER / RFI

A dissolução é uma iniciativa do novo governo alemão que decidiu enfrentar o avanço das ideologias conspiracionistas e extremistas no país, proibindo nesta terça-feira (13) uma importante organização desse movimento, acusada de "atacar a ordem democrática".

Foram realizadas operações de busca em sete regiões contra o chamado "Reino da Alemanha", informou o Ministério do Interior do país. O grupo, que conta com cerca de 6.000 apoiadores, "nega a existência da República Federal da Alemanha" e "rejeita seu sistema jurídico".

A organização "Reino da Alemanha" ("Königreich Deutschland" ou KRD) foi oficialmente proibida a partir desta terça-feira, pois "seus objetivos e atividades violam a legislação penal e contrariam a ordem constitucional", explicou o ministério.

Com várias bases espalhadas pelo país, o grupo criou desde 2012 um "Estado paralelo" em território alemão e estabeleceu estruturas ligadas a crimes econômicos, declarou o ministro do Interior, Alexander Dobrindt.

Apesar de "não ser considerado especificamente um grupo armado" e de "nenhuma arma relevante ter sido apreendida até agora", o movimento "não é formado apenas por nostálgicos inofensivos", afirmou Dobrindt em entrevista coletiva.

Bandeira e moeda próprias 5i243

Em entrevista à AFP no final de 2023, Fitzek apresentou seu "palácio" — um conjunto de prédios reformados onde hasteava sua bandeira, impunha suas leis, emitia moeda e carteiras de identidade. Ele afirmou ter fundado seu próprio Estado como forma de resistir àquilo que considera "manipulação em massa" na sociedade alemã.

Segundo ele, o grupo acolhe apoiadores com "espírito pioneiro" que "querem promover mudanças positivas no mundo".

Peter Fitzek foi detido nesta terça-feira junto com outras três pessoas, incluindo membros fundadores da organização, que ao longo de cerca de dez anos criaram "estruturas e instituições pseudoestatais", segundo o Ministério Público. Entre essas estruturas, há um sistema bancário e um esquema de seguros.

Teses de extrema direita e lembrança tenebrosa do "Reich" de Hitler 636o1b

A operação mobilizou "centenas de agentes das forças de segurança" em todo o país, informaram as autoridades.

Considerado um grupo de "extremistas perigosos" pelo ministério, o "Königreich Deutschland" faz parte do movimento heterogêneo dos "Reichsbürger" ("Cidadãos do Reich"), que não reconhecem a autoridade do Estado nem a legitimidade das instituições. Alguns simpatizantes também defendem teses de extrema direita.

Muitos acreditam na continuidade do antigo Reich alemão anterior à Primeira Guerra Mundial, sob a forma de uma monarquia, que inspirou posteriormente personalidades como Adolf Hitler. Diversos grupos já declararam a criação de seus próprios "miniestados".

Segundo a inteligência interna alemã, esse movimento contava com cerca de 23 mil membros em 2022. A Alemanha ainda abriga aproximadamente "outros 40" grupos que se autodenominam "reinos" ou "impérios", afirmou o ministro Dobrindt.

"Conspiracionistas antissemitas" 4c5w3j

De acordo com o Ministério do Interior, o "Reino da Alemanha" está "em expansão" há vários anos. Seus membros "baseiam sua alegada soberania em narrativas conspiracionistas de caráter antissemita", algo considerado "intolerável em um Estado de direito".

A organização também possui objetivos lucrativos e conduz, há anos, atividades bancárias e de seguros de maneira ilegal por meio de suas estruturas paralelas.

A nova coalizão governamental, liderada pelo chanceler conservador Friedrich Merz e empossada na semana ada, enfrenta o avanço das ideologias de extrema direita.

O partido AfD (Alternativa para a Alemanha), de extrema direita, tornou-se a principal força de oposição no Parlamento após registrar um resultado recorde nas eleições legislativas de fevereiro.

Durante o governo anterior, de Olaf Scholz, diversas organizações ligadas aos "Reichsbürger" foram desmanteladas, muitas vezes com apreensão de armas. A operação desta terça-feira estava sendo planejada "há alguns meses", afirmou o novo ministro.

Plano era "derrubar as instituições democráticas" 125k3u

O caso mais notório relacionado aos "Cidadãos do Reich" veio à tona em dezembro de 2022, quando autoridades desarticularam um grupo armado que planejava derrubar as instituições democráticas do país.

Entre os envolvidos estavam um príncipe, Heinrich XIII, ex-soldados de elite e uma ex-deputada de extrema direita que atualmente responde na Justiça.

Outro grupo chegou às manchetes após planejar o sequestro do ministro da Saúde, Karl Lauterbach, como forma de protesto contra as medidas sanitárias adotadas durante a pandemia de Covid-19.

(Com AFP)

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