China nega que tenha violado acordo comercial com Estados Unidos 24i
Pequim quer encontro para corrigir 'ações ilícitas' 5d6h1l
A China negou nesta segunda-feira (2) as acusações dos Estados Unidos de que Pequim teria violado a trégua na guerra comercial entre as potências, em vigor há menos de um mês. 103w45
Em nota, o Ministério do Comércio chinês afirmou que os EUA "fizeram falsas acusações e acusaram injustificadamente a China de violar o consenso, o que é seriamente contrário aos fatos".
Pequim "tem sido firme na proteção de seus direitos e interesses e sincera na implementação do consenso alcançado", acrescentou a nota do ministério, referindo-se aos acordos de Genebra, assinados em 12 de maio, que definiram uma trégua comercial de 90 dias na guerra tarifária do presidente americano, Donald Trump.
Na última sexta-feira (30), o mandatário de Washington acusou o gigante asiático de violar os acordos. Ainda que sem dar detalhes, as reclamações de Trump podem estar relacionadas à lentidão da China na exportação de terras raras, essenciais para a produção de alta tecnologia.
Segundo Pequim, foi Washington que "introduziu progressivamente uma série de medidas restritivas discriminatórias contra a China", incluindo controles sobre exportações de chips de inteligência artificial e a revogação de vistos para estudantes chineses nos EUA.
"Exigimos que os EUA se reúnam com a China para corrigir, com efeito imediato, suas ações ilícitas e apoiar conjuntamente o consenso alcançado durante as negociações comerciais de Genebra", concluiu o comunicado do ministério de Pequim, acrescentando que, caso contrário, "a China continuará a adotar com firmeza forte medidas para proteger seus direitos e interesses legítimos".
O acordo de Genebra permitiu a redução de tarifas sobre produtos americanos, que estavam em 125%, e sobre produtos chineses, estipuladas em 145%, para 10% e 30%, respectivamente.