Trump negocia tarifas com o Japão e diz que Europa terá que comprar energia dos EUA 4096g
Em uma segunda-feira agitada na Casa Branca, com direito a visita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump designou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, para liderar as negociações comerciais com o Japão. 2246o
Em uma segunda-feira agitada na Casa Branca, com direito a visita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump designou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, para liderar as negociações comerciais com o Japão. 2246o
Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova York.
Após ameaçar a China com tarifas de 50 por cento, o mandatário criticou a União Europeia por não comprar produtos americanos em quantidade suficiente e ressaltou que os europeus "terão que comprar energia dos EUA".
A política tarifária agressiva tem gerado temor no país, a ponto de o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, acusar Trump de preparar o caminho para uma recessão nacional.
Diálogo com o Japão está aberto e deve ser feito pelo Secretário do Tesouro 635d3g
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, foi escolhido pelo presidente Donald Trump para liderar as negociações comerciais com o Japão. O anúncio foi feito por Bessent na rede social X, e sinaliza uma possível mudança de enfoque por parte de Washington, já que esse tipo de negociação costuma ser conduzido exclusivamente pelo representante de Comércio dos Estados Unidos.
Segundo Bessent, a decisão veio após uma conversa telefônica "muito construtiva" com o governo japonês. Trump confirmou o contato com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba e disse que o Japão enviará uma equipe de alto nível para negociar. Ele também afirmou que estão sendo definidos "parâmetros duros, mas justos" para as conversas bilaterais.
O chefe do tesouro manifestou seu apreço pelo Japão, que disse continuar entre os aliados mais próximos dos EUA. Bessent disse estar "aguardando ansiosamente" a próxima oportunidade de dialogar com o país sobre tarifas, barreiras comerciais não tarifárias, questões cambiais e subsídios governamentais. "Aprecio o alcance e a abordagem comedida do governo japonês a esse processo", elogiou o secretário.
Em entrevista ao comentarista de extrema-direita Tucker Carlson, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que as quedas recentes no mercado financeiro não são resultado das políticas econômicas do presidente Trump. Segundo ele, o declínio começou após o anúncio da inteligência artificial chinesa DeepSeek, a versão chinesa do ChatGPT.
Trump dobra a aposta com a China e diz que UE terá que comprar energia dos EUA 2b4n4h
Em declaração feita nesta segunda (7), Trump ameaçou impor uma tarifa adicional de 50% sobre produtos chineses importados, caso Pequim não retire sua medida de retaliação.
O americano afirmou que não pretende suspender novas tarifas para permitir negociações com outros países. "Não estamos considerando isso. Temos muitos países vindo negociar acordos conosco, e esses serão acordos justos", disse a jornalistas.
Em uma postagem na rede Truth Social, ele reiterou que a nova tarifa será aplicada caso a China não recue de sua tarifa de 34% sobre produtos americanos, anunciada na última sexta-feira (4).
Horas depois, na Casa Branca, Trump disse a repórteres que a prioridade é equilibrar a balança comercial com os europeus, que, segundo ele, "têm sido muito ruins" com os Estados Unidos por não comprarem produtos americanos em quantidade suficiente.
Uma das principais apostas do governo norte-americano para reduzir esse déficit é a exportação de energia. Trump afirmou que os europeus "terão que comprar energia dos Estados Unidos", já que o bloco depende fortemente de fontes externas e os americanos têm capacidade de suprir essa demanda. Ele chegou a afirmar que o país poderia reduzir o déficit comercial com a União Europeia em US$ 350 bilhões - aproximadamente R$ 1,75 trilhão - em apenas uma semana com essa estratégia.
Medo da recessão faz democratas estudarem colocar um freio nas tarifas 5r3c67
As tarifas impostas pelo governo Trump têm gerado crescente preocupação entre parlamentares, especialmente entre os democratas. Nesta segunda, o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, fez duras críticas ao presidente, afirmando que ele está "preparando o terreno para uma recessão nacional" ao insistir em uma política tarifária agressiva.
Em discurso no Senado, Schumer pediu que o líder da maioria, o republicano John Thune, permita a votação de um projeto de lei que exigiria aprovação do Congresso para a imposição de novas tarifas.
Segundo Schumer, é fundamental dar voz às famílias americanas, que estão preocupadas com o aumento dos preços dos alimentos, a estabilidade de suas aposentadorias, a manutenção dos empregos e o futuro econômico do país. Ele argumentou que a legislação tarifária deveria ser a principal prioridade do Senado naquela semana.
No entanto, Donald Trump reagiu dizendo que vetaria qualquer proposta nesse sentido, mesmo que fosse aprovada pelas duas casas do Congresso. Essa tensão entre o Executivo e o Legislativo mostra a crescente divisão política em torno da política comercial do governo.
Trump volta à ideia de ocupar Gaza 391u1s
Donald Trump voltou a expressar uma proposta polêmica: a ideia de que os Estados Unidos deveriam "controlar e possuir" a Faixa de Gaza. Em uma coletiva no Salão Oval ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Trump chamou Gaza de "uma propriedade à beira-mar incrivelmente valiosa" e afirmou que ter uma força como os EUA comandando a região seria algo positivo.
Durante a mesma coletiva com Netanyahu, Trump anunciou que os Estados Unidos estão iniciando negociações diretas com o Irã a respeito do seu programa nuclear. Ele afirmou que participará pessoalmente das conversas, ao lado de autoridades de alto escalão, em uma reunião marcada para o próximo sábado.
Trump enfatizou que o objetivo é impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, deixando claro que não aceitará um fracasso nessas negociações. "Se as conversas não forem bem-sucedidas, acho que será um dia muito ruim para o Irã", alertou.