Em sessão com agressões, Câmara de Salvador aprova reajuste de servidores f3w3e
Houve ainda troca de insultos entre parlamentares e manifestantes 3p2y1e
Câmara de Salvador aprovou reajuste para servidores em sessão marcada por tumultos e agressão, mas professores decidiram manter a greve, alegando que o aumento não atende suas demandas.
Os vereadores da Câmara Municipal de Salvador, na Bahia, aprovaram, durante sessão extraordinária na tarde de quinta-feira, 22, o Projeto de Lei nº 174/25, que trata do reajuste salarial dos servidores municipais. 5m2312
A votação foi marcada por troca de insultos e agressões entre parlamentares e manifestantes.
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Apesar da aprovação do reajuste, os professores decidiram manter a greve, que já completa 18 dias na Rede Municipal de Salvador.
Categoria critica reajuste 1993h
Em publicação no perfil oficial do sindicato da categoria nas redes sociais, a entidade afirmou que o aumento aprovado não atende às reivindicações da categoria. Além disso, classificou como truculenta a repressão aos servidores que protestavam na Câmara.
"E a luta segue firme -- porque reajuste que não cumpre o Piso, é maquiagem mal feita! Hoje, nossa caminhada vai em branco até a Colina Sagrada. Branco pela paz, que ontem faltou na 'Casa do Povo', onde o povo, os servidores municipais foram recebidos com spray de pimenta. Sim, truculência contra servidor público que exige o que lhe é de direito. Enquanto isso, alguns vereadores fizeram bonito… com o prefeito, traindo quem os elegeu. Mas a memória do trabalhador é longa — e o recado já está sendo dado nas ruas. A greve continua, porque a educação resiste!", informou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia.
De acordo com o vereador Carlos Muniz (PSDB), a votação ocorreu fora do plenário por questões de segurança. Foram apresentadas seis emendas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) -- quatro pela bancada do governo e duas pela oposição. O projeto recebeu parecer favorável do presidente do colegiado e relator, vereador Sidninho (PP), e foi encaminhado para apreciação.
Com a abstenção da bancada de oposição, a proposta foi aprovada pela maioria. O presidente Carlos Muniz criticou a invasão ao Centro de Cultura da Câmara, onde ocorria a sessão.
“Tratou-se de um ato bárbaro, com destruição do patrimônio público. Você pode ter certeza de que me senti no 8 de Janeiro, quando, em 2023, um grupo de manifestantes invadiu o Congresso Nacional e depredou o Parlamento. Essas agressões não são feitas por verdadeiros sindicalistas, são feitas por baderneiros. Então, para mim, é um ato que vem de pessoas que não sentam numa mesa de negociação, como determina a própria lei, para que suas reivindicações sejam atendidas”, disse o parlamentar.
Tensão durante protesto 6d1r5u
Os servidores estavam concentrados em frente ao Centro de Cultura, na Praça São Tomé de Souza, durante o começo da tarde. A sessão ocorria no auditório do local, onde, segundo o sindicato, parte dos manifestantes foi impedida de entrar. Em resposta, um grupo invadiu o espaço, resultando em empurrões e na quebra de uma porta de vidro.
Com a entrada forçada houve uma confusão, e os manifestantes foram contidos com spray de pimenta pela polícia, que ergueu barreiras para impedir o avanço do protesto.
O clima ficou ainda mais tenso após a invasão, e uma briga generalizada levou à interrupção da sessão. Em vídeos do momento, é possível ver o vereador Sidninho (PP) tentando acalmar os ânimos. Em determinado momento, um manifestante tentou pegar o microfone que estava nas mãos do parlamentar, provocando novos empurrões entre presentes. A sessão foi retomada após uma hora, em uma sala fechada.