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Sanção de Trump a Moraes pode provocar ruptura entre Brasil e EUA, diz NYT 301or

Diversos jornais estrangeiros publicaram nessa semana sobre medidas do governo Trump que parecem mirar em Alexandre de Moraes. 6d6a4z

30 mai 2025 - 19h52
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Diversos jornais estrangeiros publicaram nessa semana sobre medidas do governo Trump que parecem mirar em Alexandre de Moraes
Diversos jornais estrangeiros publicaram nessa semana sobre medidas do governo Trump que parecem mirar em Alexandre de Moraes
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Uma possível sanção ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo governo de Donald Trump pode provocar uma ruptura das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Brasil, diz reportagem do jornal americano The New York Times (NYT). 4g70b

"A situação poderia causar uma ruptura diplomática entre as duas maiores nações do Hemisfério Ocidental", escreveu o correspondente do jornal no Rio de Janeiro, Jack Nicas.

Em texto publicado na quinta-feira (29/05), o jornalista afirma que Moraes seria um alvo da Casa Branca pela primeira vez após ter tido embates com o bilionário Elon Musk, que o desafiou; e o presidente americano Donald Trump, cuja empresa de mídia o processou.

De acordo com jornal, a evidência de que Moraes estaria na mira do governo americano seria o anúncio feito na quarta (28) pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de que o país restringiria vistos de autoridades estrangeiras que seriam "cúmplices na censura de americanos".

Nas redes sociais, Rubio citou a América Latina como um exemplo de região onde essa censura seria problemática — mas, dessa vez, não citou nominalmente Moraes.

Na semana ada, Rubio chegou a dizer no Congresso americano que o governo dos EUA estudava a possibilidade de sancionar Alexandre de Moraes por supostas ações do ministro contra a liberdade de expressão de pessoas e empresas dos EUA. Moraes poderia ser enquadrado pela Lei Global Magnitsky.

"O Departamento de Estado não informou se o juiz Moraes é alvo da ação. Mas a linguagem do Departamento de Estado se inclina fortemente para as críticas contra ele, incluindo a de que vistos seriam restringidos para autoridades que exijam que empresas de tecnologia americanas removam conteúdo ou ameacem com mandados de prisão residentes nos EUA por coisas que disseram online."

Ainda de acordo com o jornal americano, a reportagem teve o a uma carta que o Departamento de Justiça dos EUA teria enviado nesse mês a Moraes, repreendendo-o por ordenar que a rede social Rumble bloqueasse as contas de um usuário específico.

Mais jornais estrangeiros repercutem suposta ofensiva dos EUA contra Moraes 4a274j

Na quarta-feira (28), o jornal britânico Financial Times (FT) também associou o anúncio feito por Rubio naquele dia à ofensiva contra Moraes.

O FT noticiou algo também publicado pela BBC News Brasil: a movimentação nos bastidores diplomáticos, liderada pelo Itamaraty, para que os EUA retrocedam no plano de impor sanções contra Moraes.

"O governo esquerdista do Brasil está travando uma batalha diplomática de última hora para impedir que os EUA imponham sanções a um juiz do Supremo Tribunal Federal que supervisiona um caso no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo processado por acusações de conspiração golpista", diz reportagem do FT, referindo-se a Moraes.

Os autores do texto e correspondentes no Brasil, Michael Stott e Michael Pooler, afirmam que a movimentação visa evitar uma colisão entre as "duas nações com maior população nas Américas".

De acordo com a reportagem, o governo americano "está cada vez mais solidário com os argumentos da família de Bolsonaro e dos conservadores brasileiros" de que Jair Bolsonaro seria "vítima de perseguição política".

O jornal cita a movimentação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair que está morando nos EUA e está pressionando para que o governo Trump e parlamentares republicanos ajam contra Moraes e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O também britânico The Guardian publicou na quarta-feira sobre o plano dos EUA de vetar vistos a autoridades estrangeiras. O título foca no anúncio de Rubio, mas ao longo do texto, o nome de Moraes é citado.

Eduardo Bolsonaro em pé e sorrindo em evento, observado por plateia
Eduardo Bolsonaro em pé e sorrindo em evento, observado por plateia
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O Guardian lembrou que Rubio já havia sugerido que os EUA poderiam sancionar Moraes, "que batalhou contra o proprietário do X e aliado de Trump, Elon Musk, por suposta desinformação".

O jornal argentino Clarín também citou Moraes ao noticiar o anúncio de Rubio.

Segundo Paula Lugones, correspondente em Washington, a intenção de bloquear vistos está relacionada a um projeto de parlamentares republicanos chamado "No Censors on our Shores Act" (em tradução livre, "Lei Contra Censores em Nossas Fronteiras").

A proposta determina a deportação ou a proibição de entrada em território americano de autoridades estrangeiras acusadas de violar a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão.

"A iniciativa foi motivada por uma disputa entre o proprietário do X, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, depois que a plataforma de mídia social foi obrigada a remover postagens", escreveu a correspondente do Clarín na quarta-feira.

A colunista Eunice Rendón, do jornal mexicano El Universal, também relacionou em sua coluna o anúncio feito por Rubio sobre a intenção de restringir vistos à atuação de Moraes.

"A medida está relacionada à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio de diversas contas na rede social X (antigo Twitter) por disseminar desinformação e discurso de ódio", escreveu Rendón.

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