Collor ainda é dono de afiliada da Globo? Qual relação do ex-presidente com emissora 4d1548
Ex-presidente do Brasil foi preso na madrugada desta sexta-feira, 25 5m5t1j
Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta quinta-feira, 25, pela condenação no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa de combustíveis BR Distribuidora, atual Vibra Energia. O ex-presidente do Brasil é um dos sócios da TV Gazeta de Alagoas, afiliada da Globo no estado, mas pode perder a participação na empresa. 334m6v
Em fevereiro deste ano, a Justiça de Alagoas determinou que as ações de Fernando Collor da TV Gazeta de Alagoas fossem penhoradas para pagar dívidas da empresa com um ex-funcionário. Segundo a Folha de S. Paulo, a afiliada da Globo devia R$ 422 mil a um jornalista demitido da empresa.
A Justiça do Trabalho concordou com a penhora das cotas de Collor para o pagamento da dívida, mas ainda cabia recurso. Segundo o portal da transparência da Controladoria-Geral da União, o ex-presidente segue como sócio da TV Gazeta de Alagoas. A única irmã viva do político, Leda Maria de Mello Coimbra, também faz parte do quadro societário da emissora.
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A ligação de Collor com a afiliada teve impacto na cobertura da Globo sobre a prisão. A emissora da família Marinho noticiou a prisão do ex-presidente, em Maceió, sem repórteres de Alagoas, o que evidencia o desgaste da relação entre a matriz e a afiliada.
Desde 2023, a Globo tenta romper o contrato com a afiliada da família Collor de Mello, que se tornou uma afiliada da matriz carioca em 1975. A TV Gazeta de Alagoas conseguiu impedir essa decisão na Justiça ao alegar que iria à falência sem o contrato da Globo, responsável pela maior parte dos ganhos da empresa.
Em uma das tentativas de finalizar a parceria, a Globo entrou com um recurso junto ao presidente do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, para derrubar as decisões do judiciário que mantêm as empresas “coligadas”. Conforme apurado pelo Terra, o pedido foi feito em 14 de janeiro e não foi julgado.
No processo, a Globo argumenta que o Tribunal de Justiça de Alagoas obriga a empresa a manter o vínculo comercial, ferindo a preservação da marca “de forma desproporcional e abusiva”. A emissora ainda alega que a imposição “prejudica a qualidade e a independência da programação, afetando a ordem pública de forma econômica e social”.
A defesa da matriz também argumenta no processo que já fechou contrato com o grupo TV Asa Branca, de Caruaru (PE), para dar continuidade à transmissão da programação em Alagoas.
