Script = https://s1.trrsf.com/update-1748548509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política 15c6w

Cid afirmou que entregou a Bolsonaro US$ 86 mil decorrentes da venda de joias sauditas 6w324e

A declaração consta em um depoimento tornado público nesta quarta-feira, após o Supremo Tribunal Federal derrubar o sigilo dos depoimentos do tenente-coronel 1d1o3m

19 fev 2025 - 13h10
(atualizado às 14h56)
Compartilhar
Exibir comentários
O ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e o então presidente da República, Jair Bolsonaro
O ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e o então presidente da República, Jair Bolsonaro
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid afirmou em delação premiada à Polícia Federal que entregou ao ex-presidente US$ 86 mil decorrentes da venda de joias recebidas como presentes enquanto chefe de Estado. 5k5t49

O montante corresponde a US$ 68 mil obtidos com a venda dos relógios Rolex e Patex Philippe a uma loja na Filadélfia e mais US$ 18 mil da venda de demais joias em um centro especializado de Miami, ambas cidades nos Estados Unidos. O valor foi fracionado e entregue em espécie a Bolsonaro em diferentes ocasiões, para evitar que "circulasse no sistema bancário", segundo Cid.

A declaração consta em um depoimento tornado público nesta quarta-feira, 19, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes derrubar o sigilo das delações de Cid. A decisão é decorrência da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe e outros crimes. No mesmo despacho, Moraes notificou os denunciados. Caso o STF aceite a denúncia, eles se tornarão réus numa ação penal.

Em julho ado, a PF indiciou Bolsonaro e outras 11 pessoas no caso das joias sauditas, revelado em março de 2023. A corporação imputa ao ex-chefe do Executivo supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

No depoimento, Cid conta que Bolsonaro recebeu um kit de joias em ouro branco e o Rolex numa viagem oficial feita à Arábia Saudita em 2019. No fim de 2021, em suas palavras, o então presidente pediu que o ajudante de ordens pesquisasse o preço do relógio Patek Philippe, outro presente recebido no Oriente Médio. O interesse nos valores seria para sanar contas provenientes de multas e processos judiciais.

"No começo de 2022, o presidente JAIR BOLSONARO estava reclamando dos pagamentos de condenação judicial em litigio com a Deputada Federal MARIA DO ROSARIO e gastos com mudanças e transporte do acervo que deveria arcar, além de multas de trânsito por não usar o capacete nas motociatas; QUE diante disso, o ex-Presidente solicitou ao COLABORADOR quais presentes de alto valor que havia recebido em razão do cargo", diz um trecho da transcrição do depoimento.

Cid então diz ter recebido a "determinação" de levar o relógio e os demais objetos do kit para venda. Ele descreve ter tido ajuda do seu pai, o general da reserva Mauro César Lourena Cid, na missão de encontrar lojas especializadas que pudessem comprar os presentes.

O general entregou US$ 30 mil em espécie a Bolsonaro em setembro de 2022 na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York; US$ 10 mil no fim daquele ano em Brasília, por ocasião de um evento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex); US$ 20 mil em fevereiro de 2023 durante visita do ex-presidente à residência de Lourena Cid em Miami; e o restante no mês seguinte por meio do assessor Osmar Crivelatti.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade