Caiado se opõe a federação do União Brasil com o PP e vê possível conflito em caso de junção das legendas 5d1aj
Governador de Goiás lança nesta sexta-feira, 4, a pré-candidatura à Presidência da República em evento em Salvador 3e104p
Em Salvador para lançamento da pré-candidatura à presidência da República, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou em entrevista ao Terra a ideia de federação do seu partido com o PP. A junção das duas legendas, na visão de Caiado, uniria mais conflitos do que interesses. 585l1q
“O União Brasil não precisa emprestar hoje a importância dele ser o terceiro maior partido e nem o PP. São dois partidos independentes. Para que você vai criar conflito? Aqui, na Bahia, o PP e o União Brasil estão todos acertadinhos? Não tem atrito nenhum? Está tudo pacificado? Não. Então você acha que nos outros Estados também alguém vai se subordinar ao outro?”, questionou o governador.
Quando perguntado se a aliança do União Brasil com o PP poderia atrapalhar seus planos de disputar a presidência, Caiado utilizou a seu favor o fato das decisões partidárias serem tomadas por meio de convenção. Esse entendimento do governador, no entanto, é oposto ao que o presidente do PP, Ciro Nogueira, tem defendido. O senador defende que caso a federação avance, o apoio do grupo em 2026 seja para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou para o nome indicado por ele.
“Como é que a vontade de uma pessoa sobrepõe-se a todas as posições partidárias? Pode ser essa decisão dentro do PP. Agora, dentro do União Brasil, isso é decidido em convenção nacional. Não é a decisão de uma pessoa. É a decisão da convenção nacional. Tem deputado, tem senador, tem governador, governador das capitais, membros do diretório que respondem na nacional”, disse Caiado.
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Na federação, os partidos devem se manter unidos por 4 anos. As siglas continuam com seus nomes e diretórios. No entanto, por atuar como uma só legenda, as federações estão submetidas às mesmas regras. Caso PP e União Brasil confirmem a federação, ariam a ter uma das maiores bancadas do Congresso. Seriam 108 deputados e 13 senadores, caso nenhum congressista saísse dos partidos.
Com o desfecho da federação dependendo da aprovação da executiva do União Brasil, Caiado lança nesta sexta-feira, 4, sua pré-candidatura ao Planalto. Embora não tenha o apoio da totalidade de seu partido, é esperado que suba no palanque no evento de anúncio da pré-candidatura caciques do União Brasil e membros da executiva nacional, como Antônio Rueda (presidente) e ACM Neto (vice-presidente).
Se conseguir viabilizar a candidatura em 2026, será a segunda vez que Caiado disputará a presidência. Ele concorreu em 1989, primeira eleição direta do país após a redemocratização. Na ocasião, Caiado, candidato mais jovem na disputa, terminou com menos de 1% dos votos, ficando na 17ª posição na preferência dos eleitores. A eleição teve no total 22 candidatos.