Tuta, novo líder do PCC, é levado para presídio federal em Brasília após prisão na Bolívia 376x7
Marcos Roberto de Almeida foi encaminhado à Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA), onde seu antecessor, o Marcola, está preso 3p408
Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, apontado como o novo líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi expulso da Bolívia pelas autoridades do país neste domingo, 18, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. 2i6ra
Ele foi entregue à Polícia Federal na cidade fronteiriça de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e encaminhado à Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA), um presídio de segurança máxima do Sistema Penitenciário Federal (SPF) onde seu antecessor, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, está preso.
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Em ação conjunta com a Polícia Federal, agentes da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC) da Bolívia prenderam Tuta na noite de sexta-feira, 16, em Santa Cruz de la Sierra. A prisão ocorreu após Tuta comparecer a uma unidade policial boliviana para tratar de questões migratórias, apresentando um documento falso em nome de Maicon da Silva — identidade que já constava no banco de dados internacional.
O agente boliviano acionou um oficial da Polícia Federal brasileira que atua em Santa Cruz de la Sierra, que, por sua vez, mandou a informação para a central da Interpol em Brasília. A partir da confirmação de sua verdadeira identidade, ele foi detido pela Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado na Bolívia (FELCC).
A transferência de Tuta para o Brasil, realizada em uma aeronave da Polícia Federal (PF), contou com a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério das Relações Exteriores, e a operação de 50 integrantes da Polícia Federal, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT). Já a escolta até a Penitenciária Federal em Brasília exigiu o trabalho de 18 homens da Polícia Penal Federal, além do apoio das polícias Militar e Civil do Distrito Federal.
No Brasil, Tuta tem duas prisões decretadas em investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Ele já foi condenado em primeira instância por organização criminosa, com pena de 12 anos e seis meses de prisão, e responde ainda a outro processo por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Em 2020, após a primeira fase da Operação Sharks, o MPSP identificou 21 suspeitos de integrar a nova cúpula do PCC. Entre eles estava Tuta, que fazia parte da cúpula, chamada de Sintonia Final da Rua. Eles foram identificados na Bolívia, no Paraguai e até na África.