Servidor de presídio é investigado por facilitar entrada de drogas e celulares para facção no RS 4w6l4w
Operação conjunta do GAECO e Polícia Penal identificou esquema de corrupção em São Borja; buscas ocorreram em três cidades 204e4i
Um policial penal do Presídio Estadual de São Borja (PESB) está sendo investigado por envolvimento em um esquema de corrupção que permitia a entrada de drogas, celulares e outros objetos proibidos no sistema prisional. A operação, deflagrada nesta quarta-feira (28), foi coordenada pelo GAECO do Ministério Público do Rio Grande do Sul em conjunto com a Corregedoria da Polícia Penal. 136n4
Batizada de Operação PESB2, a ação ocorreu nos municípios de São Borja, Itaqui e Farroupilha, com a participação de cerca de 80 agentes do GAECO, da Brigada Militar e do Grupo de Ações Especiais (GAES). Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além da quebra de sigilos bancários, fiscais e de dados dos investigados.
De acordo com o promotor João Afonso Beltrame, responsável pela investigação, o servidor público recebia pagamentos em dinheiro para facilitar o ingresso de materiais ilícitos destinados a detentos que atuam como líderes de facção criminosa da Fronteira Oeste. Esses apenados estariam envolvidos em crimes como homicídio, tráfico de drogas, extorsão e lavagem de dinheiro.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos entorpecentes na casa do servidor, além de celulares e drogas localizados nas celas dos presos alvos da operação. O policial penal foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos.
A apuração começou após denúncias feitas à Corregedoria da Polícia Penal, que reou as informações ao GAECO. Imagens de câmeras de segurança flagraram o servidor recebendo um envelope de dois detentos — o conteúdo, segundo apuração posterior, era dinheiro. Em abordagem feita logo após o episódio, ele foi encontrado com aproximadamente R$ 1 mil no uniforme, levantando suspeitas que deram origem ao inquérito.
Além do afastamento cautelar do servidor, a operação busca identificar outros envolvidos, delimitar o período da atuação do esquema — que duraria pelo menos um ano — e reunir novas provas documentais e digitais.
Os crimes investigados incluem corrupção ativa e iva e integração a organização criminosa. Participaram da operação os promotores de Justiça André Dal Molin, Manoel Figueiredo Antunes, Laís Saboia Souto e Janice Katherine dos Santos Barros.