Casal que confundiu personal com mulher trans diz que tentou ajudá-la, mas foi ‘interpretado’ de forma errada 1v1z6j
A defesa do casal pediu o às câmeras da academia para provar que são inocentes 154l5o
Casal que impediu personal trainer cisgênero de usar banheiro feminino afirma que foi mal interpretado ao tentar ajudar, mas a vítima registrou queixa por injúria e constrangimento, e o caso está sob investigação.
O casal Karolaine Klecia e Marco Aurélio, que impediu a personal trainer Kely Moraes de usar o banheiro feminino de uma academia em Boa Viagem, no Recife (PE), afirmou que foi interpretado de forma errada ao tentar ajudá-la. 3x6u3u
Segundo a empreendedora, ela viu Kely saindo do banheiro e disse que havia um banheiro unissex e inclusivo no andar de baixo da academia Selfit.
“Nesse momento, ela se sentiu ofendida, olhou para mim e disse: ‘mas eu sou uma mulher. você está achando que eu sou o que?' Pelo porte físico dela, pela aparência, eu pensei que ela fosse uma pessoa que se identificasse de outra forma. Em nenhum momento, eu cometi nenhum crime, nem fui desrespeitosa com ela. Só que, na tentativa de você ajudar, as pessoas interpretam de forma errada”, declarou à TV Globo Pernambuco.
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O marido dela, Marco, reforça o que a companheira disse e que eles nunca agiram de maneira discriminatória com “nenhum tipo de ser que seja na terra”.
O casal se defende das acusações e diz que foi vítima de calúnia e difamação por parte da personal trainer, além de injúria e ameaça por uma aluna dela.
"A aluna dela partiu para cima de mim com total agressividade, agressão verbal, com ameaças, e agressão física. As filmagens da academia vão mostrar isso. Ela me dá um chute na perna, não reagi porque, a todo momento, não estava procurando confusão", afirmou Karolaine.
A defesa dos dois pediu o registro feito pelas câmeras da academia para tentar comprovar que são vítimas. “Eu me coloco no papel de vítima porque eu estava simplesmente protegendo minha esposa, tanto que eu não agredi ela, não fiz nada. Eu simplesmente fiquei no meio do caminho dela”, salientou Marco.
À emissora, a defesa de Kely Moraes e de sua aluna afirmou que ambas narraram os fatos amparadas por provas de vídeos, e que está avaliando as acusações feitas pelo casal. Caso persistam, os advogados vão adotar medidas judiciais cabíveis.
Relembre o caso 3i3p4s
O caso aconteceu na última segunda-feira, 26, quando Kely foi confundida com uma mulher transexual enquanto entrava no banheiro feminino da academia.
Mesmo afirmando que ela era uma mulher cisgênero, o casal impediu que ela entrasse no local. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que um homem e uma mulher gritam com a personal e tentam bloquear a entrada do banheiro feminino.
Por meio das redes sociais, Kely disse que "não tinha que provar nada pra ninguém, sou uma pessoa digna do meu trabalho". Ela afirmou que ficou indignada com a atitude do casal e que em nenhum momento a mulher pediu desculpas a ela.
Além de personal trainer, Kely é fisiculturista há 15 anos. Ela é moradora do bairro Roda de Fogo, na periferia do Recife. A mulher de 45 anos também é mãe e avó.
"Vou processar. Mas e os danos psicológicos? Eu sinceramente tô envergonhada. Não por ser comparada com uma trans, o que pra mim é um elogio. Mas envergonhada pela vergonha. Você tem o direito de ir e vir para qualquer lugar. Mas às vezes as pessoas são tão ruins", desabafou.
A vítima registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Boa Viagem. O caso é investigado pela Polícia Civil como injúria e constrangimento ilegal.
Após a repercussão do caso, a Selfit informou que o contrato firmado com os dois foi finalizado seguindo os "princípios e valores da empresa" e que "repudia qualquer ato de preconceito ou violência".
