Stock Car: As dores do nascimento do novo são grandes 6s6ju
Equipes e organização correm contra o relógio para deixar tudo pronto para a nova fase da Stock Car, que começa este fim de semana 3o1g5p
Todo nascimento tem seus transtornos e dores. Assim é a vida normal e, mesmo com percalços, segue o seu rumo. Podermos aplicar esta máxima à Stock Car, que começa a temporada 2025 neste final de semana em Interlagos, com uma verdadeira revolução. A maior de seus recém 46 anos de história. 1r1h1h
A intenção da VICAR introduzir um novo carro para a categoria principal não era recente. O JL9, feito especialmente para a Stock, prestou muito bem o seu papel e ou por grandes metamorfoses em sua existência. Só que há limites técnicos e também a necessidade de abrir novas janelas para as montadoras apareceu. Afinal de contas, são elas que acabam por ajudar a bancar esta brincadeira...
Para atender a demanda da industria automobilisca e se enquadrar em tendências mercadológicas, a escolha foi radical: adotou-se os SUV (Sports Utility Vehicle ou Veículo Utilitário Esportivo), mercado que cresce exponencialmente no mundo todo. Cada vez este tipo de veículo, que congrega características de vários outros, ganha espaço nas ruas e vai “matando” as caminhonetes e os sedãs, que sempre serviram de base para as competições (Volvo 850T do BTCC na década de 90 não concorda com isso).
Além do formato, uma outra tendência foi abraçada: o “downsizing”. Sai o V8 aspirado de 5.7 litros e 550cv e entra um 4 cilindros em linha turbo, de 2.1 litros e 500 cv. A estrutura também mudou: a Arcelor Mittal ajudou a fazer uma nova liga metálica e no fim, este novo carro ficou 250kg mais leve do que seu antecessor.
Junte-se a isso tudo a introdução de muita eletrônica, incluindo até a possibilidade do publico acompanhar o desempenho de um carro em tempo real pelo app da categoria e o DRS vindo da F1.
Com toda essa metamorfose, a Chevrolet, a criadora da Stock e um de seus principais sustentáculos, confirmou sua permanência com o Tracker. Depois, a Toyota confirmou que seguiria na categoria com o Corolla Cross. Uma terceira marca viria para a categoria e após muito se especular entre Fiat e VW, a Mitsubishi foi anunciada trazendo o Eclipse Cross.
Até aqui, tudo muito bonito. Mas lembram-se do início do artigo dizendo sobre as dores de um nascimento?
O escopo de mudança do novo carro em relação ao usado até o ano ado foi bem amplo. A expectativa inicial era de que este novo pacote seria introduzido em 2024. Porém, dada a complexidade de mudança por vários aspectos técnicos levou a mudança da adoção para 2025. Um grande esforço foi conduzido pela Audace, responsável pelo desenvolvimento e construção dos carros.
Porém, com um desafio tão grande, as dificuldades não foram poucas ao longo do processo e muitas situações pensadas inicialmente tiveram de ser revistas, não somente no aspecto técnico, mas também no economico e desportivo. Nao à toa que o início da temporada foi deslocado para maio, quando normalmente acontece em março.
As primeiras imagens de montagem dos carros começaram a ser divulgadas justamente em março. E não foram poucas as noticias de que o planejamento poderia ser impactado por problemas técnicos e de logistica (atraso na chegada de peças importadas e na fabricação nacional). Entretanto, tudo foi mantido.
Nesta segunda (28), a VICAR manteve o início do campeonato para este final de semana, porém mudou o cronograma da Stock: treinos previstos para terça e quarta foram cancelados e na sexta a categoria terá um shakedown de verificação e 3 Treinos Livres, enquanto no sábado haverá 2 Treinos Livres e a Classificação. Para não haver mais stress diante de carros recém-montados e poucos sobressalentes disponíveis, o conceito de rodada dupla foi alterado ao menos para esta primeira etapa para uma única corrida de 50 minutos.
Muita coisa foi mudada e os olhos de muita gente estão de olho no trabalho feito pela Stock Car brasileira. Afinal de contas, em um quadro em que a industria automotiva vem ando por grandes transformações, ver uma categoria de peso adotar o modelo SUV é algo impactante. A Argentina fez isso, mas a briga politica interna tirou o brilho da iniciativa.
Que todos os envolvidos, especialmente a VICAR, faça valer a pena os percalços ados até aqui. Publico e patrocinadores agradecem.