F1: Há seis anos sem o inesquecível Niki Lauda 152a4m
Ícone do automobilismo, Niki Lauda faleceu em 20 de maio de 2019, aos 70 anos, em decorrência de uma insuficiência renal. 686d57
É impossível esquecer Niki Lauda, uma das figuras mais marcantes da história da Fórmula 1. Em 1976, ele sobreviveu a um dos acidentes mais graves da categoria — um episódio que quase lhe tirou a vida. Durante o GP da Alemanha, seu carro, uma Ferrari, sofreu uma falha na suspensão que o lançou contra a barreira à direita da pista. O impacto foi tão violento que o capacete se desprendeu de sua cabeça e o carro pegou fogo, deixando Lauda com queimaduras severas. 54262b
Naquela mesma temporada, ele estava em plena disputa por mais um título mundial. Campeão no ano anterior, Lauda liderava o campeonato com folga até o dia 1º de agosto: somava 58 pontos, com cinco vitórias e oito pódios em nove corridas. Seu principal adversário era o britânico James Hunt, da McLaren, que ocupava a segunda posição na tabela com 35 pontos.
Com queimaduras severas espalhadas pelo corpo, Niki Lauda também sofreu com a inalação de fumaça tóxica, além de múltiplas lesões no tórax e ferimentos graves na cabeça — chegando a perder parte da orelha direita. Ao ser levado ao hospital, os médicos o colocaram em coma induzido por precaução, diante da gravidade de seu estado.
Mesmo diante de um prognóstico sombrio, Lauda enfrentou o processo de recuperação com uma determinação impressionante. Seu foco era claro: retornar às pistas o quanto antes para continuar lutando pelo título mundial naquela mesma temporada.
Contra todas as expectativas, apenas seis semanas após o violento acidente em Nürburgring, o austríaco reapareceu no grid da Fórmula 1 para disputar o GP de Monza, na Itália. Embora tenha começado a corrida com cautela, logo mostrou sinais de competitividade e cruzou a linha de chegada em quarto lugar.
Naquele dia, o mundo assistiu a um feito que poucos acreditavam ser possível: Niki Lauda não apenas sobreviveu a um dos momentos mais dramáticos da história do automobilismo, como retornou às corridas em tempo recorde — provando sua coragem, resiliência e paixão pelo esporte.
Lauda se aposentou da Fórmula 1 alguns anos após seu retorno triunfante às pistas, mas seu legado no automobilismo seguiu firme por décadas. Já fora dos cockpits, ele continuou a impactar o esporte de maneira significativa — especialmente como uma das figuras-chave da Mercedes. Foi um dos responsáveis diretos pela contratação de Lewis Hamilton para a equipe alemã, contribuindo para formar uma das parcerias mais dominantes da história da Fórmula 1 ao lado de Toto Wolff.
Antes de sua morte, Lauda ainda teve a chance de assistir ao filme que retratou uma das fases mais intensas de sua carreira: Rush – No Limite da Emoção. O longa, que se tornou um fenômeno entre fãs de automobilismo, foi estrelado por Daniel Brühl no papel de Niki Lauda e Chris Hemsworth como seu rival James Hunt. A obra conquistou o público ao reviver com fidelidade a lendária temporada de 1976 e a rivalidade que marcou uma era na Fórmula 1.