Script = https://s1.trrsf.com/update-1749152109/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

STF confirma decisão de Fux que proíbe uso de recursos do Bolsa Família em apostas online 731v3x

Decisão também determina implementação imediata da norma que proíbe publicidade de bets destinada a crianças e adolescentes 5i4j6s

14 nov 2024 - 13h53
(atualizado às 18h42)
Compartilhar
Exibir comentários
Em setembro, o Banco Central divulgou estudo que mostra que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com bets, somente via Pix.
Em setembro, o Banco Central divulgou estudo que mostra que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com bets, somente via Pix.
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil / Estadão

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou, por unanimidade, a decisão liminar do ministro Luiz Fux que determinou que governo federal adote medidas para proibir o uso de recursos de benefícios sociais, como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC), em apostas online, as chamadas bets. 5v5c5l

A decisão também determina a implementação imediata da norma que proíbe a publicidade de bets que tenham crianças e adolescentes como público-alvo. O julgamento no plenário virtual será encerrado às 23h59, mas os 11 ministros já votaram.

Em setembro, o Banco Central divulgou estudo que mostra que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com bets, somente via Pix, em agosto deste ano.

Já a portaria que regulamenta a publicidade voltada a crianças e adolescentes entrou em vigor em julho, mas a norma define que as regras de fiscalização, de monitoramento e de sanção pelo descumprimento seriam implementados a partir de 1º de janeiro de 2025

"Verifica-se que o atual cenário de evidente proteção insuficiente, com efeitos imediatos deletérios, sobretudo em crianças, adolescentes e nos orçamentos familiares de beneficiários de programas assistenciais, configura manifesto periculum in mora", afirmou o ministro na decisão, publicada na manhã desta terça-feira, 13. "Periculum in mora" é um jargão jurídico que significa "perigo na demora".

Questionado pelo Estadão se anteciparia as medidas previstas em portaria para proibir publicidade de plataformas de apostas para crianças e adolescentes, o Ministério da Fazenda não respondeu.

A pasta disse apenas, em nota, que a decisão de Fux endossa a regulação implementada pela Secretaria de Prêmios e Apostas que "estabelece regras e diretrizes para o jogo responsável e para as ações de comunicação e marketing, e regulamenta os direitos e deveres de apostadores e de agentes operadores, publicada em julho deste ano, especialmente no que diz respeito à proteção de crianças e adolescentes".

Já o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou ao Estadão que irá tratar com Fux sobre o alcance da decisão, que considera acertada, e implementar o que depende da pasta. O governo já havia anunciado a proibição do uso do cartão do Bolsa Família em apostas online - medida que, segundo o ministro, está em fase de implementação técnica.

A liminar de Fux foi deferida no âmbito de ações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), do partido Solidariedade e da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a Lei das Bets, que regulamenta a atividade no País. No início da semana, o Supremo realizou audiências públicas para ouvir especialistas sobre o tema.

O ministro Flávio Dino fez uma ressalva ao acompanhar Fux. Ele disse que o Ministério da Fazenda não pode ser responsável por regulamentar a "prevenção aos transtornos do jogo patológico", como previsto pela Lei das Bets. Para ele, o SUS deve ser estabelecido como a instância regulamentar competente.

Dino também criticou a Lei das Bets no trecho que trata sobre a manipulação dos resultados. Ele disse que a norma cria "alta abertura para manipulação" e sugeriu a proibição de apostas que dependem de um único indivíduo, como pênalti ou a punição com um cartão amarelo.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade