De 'chão de fábrica' a CEO da GM: conheça Mary Barra, a executiva mais poderosa do mundo 66w19
Norte-americana, filha de um funcionário da GM, Mary tem relação com a empresa desde 1980 e já atuou no 'chão de fábrica' quando entrou no programa de estágio; há 11 anos, ela comanda uma das maiores montadoras de veículos do planeta 1j3h4u
Nascida Mary Makela em Waterford Township, Michigan, nos Estados Unidos, Mary Barra, de 63 anos, é CEO da General Motors (GM) desde 2014. Em 2016, ela foi eleita presidente do Conselho de istração. Mary Barra encabeça a lista das 100 executivas mais poderosas do mundo, segundo a Fortune. O ranking também elenca três brasileiras. 50115x
Mary é filha de um fabricante de moldes da antiga divisão Pontiac (carros esportivos) da GM. Ela cresceu imersa no universo automotivo, com as concessionárias locais e a fábrica da Pontiac sendo parte integrante de sua infância no subúrbio de Detroit, segundo informações de um grande perfil sobre ela produzido pela Forbes indiana.
Sua jornada profissional na GM começou em 1980, aos 18 anos, como aluna do programa de estágio no Instituto General Motors (hoje Universidade Kettering), especificamente na divisão Pontiac Motor, onde seu pai trabalhava. Ela se formou em engenharia elétrica em 1985 e concluiu mestrado em istração de empresas pela Stanford Graduate School of Business em 1990.
Sua primeira função como aluna da escola da GM foi no "chão de fábrica" atuando na estampagem de metais da Pontiac, "uma fábrica hostil e barulhenta onde enormes prensas industriais esmagavam grossas chapas de aço em peças de automóveis", segundo descrição da Forbes.
Com o tempo, ela assumiu outras posições, com agens por engenharia e produção, e depois foi gerente da fábrica da Detroit-Hamtramck Assembly (uma das plantas da GM nos EUA). Posteriormente, assumiu como vice-presidente de recursos humanos globais e vice-presidente de engenharia de fabricação global.
Antes de se tornar CEO, ela atuou como vice-presidente executiva de desenvolvimento global de produtos, compras e cadeia de suprimentos, onde suas equipes eram responsáveis pelo design, engenharia e qualidade dos veículos da GM em todo o mundo.
Ao se referir a Mary, seu antecessor no comando a GM, Dan Akerson - que deixou o cargo após diagnóstico de câncer de sua esposa - a descreveu como uma pessoa capaz de trazer "ordem ao caos", por sua grande habilidade em otimizar processos, cortar camadas de gerência e dar mais responsabilidade aos engenheiros-chefes.
Nomeada CEO pelo Conselho de istração com forte indicação de Dan, Mary Barra assumiu o cargo em 2014, entrando para a história como a primeira mulher a liderar uma das maiores montadoras do mundo.
Crise logo após assumir o cargo j2f3b
O início, porém, não foi nada fácil. Duas semanas após assumir o cargo, Mary teve que comandar um recall massivo de milhões de veículos que apresentaram problema na ignição, causando vários acidentes e mortes. O problema, detectado em diversos modelos, mas sobretudo no Cobalt e Saturn Ion (compacto da GM), fazia com que a chave se movesse da posição "ligado" (run) para a posição "ório" ou "desligado" (off) enquanto o veículo estava em movimento, o que poderia levar ao desligamento do motor, desativação da direção hidráulica, dos freios e dos airbags.
A Forbes indiana indica como um momento marcante quando ela se reuniu com pais de vítimas fatais dos acidentes, que vestiam camisetas com fotos de seus filhos estampadas. Mary também teve que se reportar a congressistas norte-americanos.
Apesar de ter de gerenciar uma das maiores crises da montadora, Mary Barra permaneceu no cargo prometendo mudanças culturais significativas de modo a romper com as práticas do que chamava de antiga GM.
Um dos principais desafios atuais de Mary à frente do cargo é o de atingir, no futuro, o objetivo de zerar emissões e acidentes. Outra meta é a de produzir 1 milhão de veículos elétricos e autônomos até o final de 2025.
Mary é casada, mãe de três filhos e, além de comandar a GM, ela preside a Business Roundtable, uma organização que reúne alguns dos CEOs corporativos mais poderosos dos Estados Unidos. Ela ainda faz parte do conselho de istração da Walt Disney Company e do Conselho de Curadores da Duke University.
