“Bebê reborn é horroroso, parece demônio, prefiro o Chucky”, diz jornalista da Globo 6c2e53
Octávio Guedes sugere chamar um psiquiatra para tratar a pessoa que leva um boneco ultra-realista para ser atendido em um hospital 1456i
O ‘GloboNews Mais’ discutiu projetos de lei para punir quem utilize um bebê reborn para tirar algum proveito, como usar fila preferencial. f369
Há também no Congresso uma proposta para fornecer atendimento psicológico às ‘mães’ e aos ‘pais’ dos bonecos ultra-realistas.
Em conversa com a âncora Julia Duailibi e o repórter Pedro Figueiredo, o comentarista Octávio Guedes questionou o fenômeno.
“Eu tenho dúvida se isso está acontecendo na sociedade real ou na sociedade virtual, nas redes sociais”, disse.
“Tem muita gente usando esses bebês reborn apenas para ganhar seguidor. Fazendo discurso de maluco”, afirmou. “E pode ter gente adoecida mesmo.”
Ele relembrou de um caso que testemunhou em um manicômio, anos atrás. As pacientes com doenças mentais se agarravam a bonecas, que eram sua única companhia no confinamento.
“Se uma pessoa chega no hospital dizendo ‘meu bebê (reborn) está com febre’, tem que ligar para o psiquiatra, a pessoa não está bem”, sugeriu.
Conhecido pelo deboche, Guedes criticou a aparência dos bebês fabricados com vinil siliconado (modelos mais comuns e baratos) ou silicone sólido (modelos mais realistas e caros).
“Se eu vir, vou respeitar, mas vou correr, porque esses bonecos são horrorosos. O boneco Chucky é mais bonito. Parecem um demônio esses bebês. Eu olho e fico com medo. Prefiro o Chucky, que é mais agradável que essas porcarias aí”, disse o jornalista, referindo-se ao protagonista da franquia de filmes de terror.
Seus colegas de telejornal riram. “Faz um teste. Acorda de madrugada, vai beber água e encontra uma desgraça dessa na tua cozinha, olhando para você com aquele olho aberto.”
Octávio Guedes defende que o modismo dos reborn não afete o bem-estar social. “Cada um tem o hobby que quiser, não vou dizer qual o hobby certo ou errado. Quer ficar com o bebê, fica”, disse.
“A partir do momento em que esse bebê interfere na vida da sociedade, na vida real e não na bolha da internet para viralizar, aí não dá para você ser complacente. Me irrita.”
