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Ex-artista gospel, Ella Viana quer corpos trans como protagonistas na música: 'Grito de liberdade' 6w73n

Em entrevista à CARAS Brasil, a ex-artista gospel Ella Viana, que ficou conhecida em programa do Raul Gil, fala de mudança e novos projetos na música 6pk3e

29 abr 2025 - 11h33
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Ella Viana ou por transição de gênero e mudança no estilo musical
Ella Viana ou por transição de gênero e mudança no estilo musical
Foto: Divulgação / Caras Brasil

Ella Viana (27) conquistou reconhecimento entre o grande público após participar do programa do Raul Gil (87), onde mostrava o talento como artista da música gospel. Hoje, a cantora encara um novo estilo após fazer sua transição de gênero. Em entrevista à CARAS Brasil, Ella revela o desejo de ter corpos trans como protagonistas na música e fala sobre Amor à Luz do Dia, seu novo single: "Grito de liberdade", afirma. 4v4e6s

Renascimento artístico 5r6l60

O caminho entre a Ella adolescente e a mulher que hoje canta sobre liberdade foi longo — e, como ela mesma define, nem sempre suave. "Foi um processo intenso, doloroso em alguns momentos, mas extremamente libertador. Crescer diante das câmeras carregando expectativas que não eram minhas foi difícil", conta.

A decisão de romper com a imagem antiga e se reencontrar com sua essência não foi apenas uma transformação estética, mas uma travessia interna profunda. "Precisei me ouvir pela primeira vez sem medo, sem filtro. E me ver inteira — com minha identidade, minha voz, meu corpo e meu desejo de existir plenamente", revela.

Essa ruptura trouxe também uma transformação musical radical. Antes ligada ao repertório gospel que o mercado esperava dela, Ella hoje canta o que sente. "A minha música hoje nasce de um lugar de verdade. Antes, eu cantava sobre o que esperavam de mim. Agora, canto o que vivo, o que sonho. Meu som virou um espelho — ele carrega dor, sensualidade, amor, força. Ele mudou comigo".

Resistência, descoberta e coragem 1r5g16

A transição de Ella não foi livre de obstáculos. Segundo a cantora, se assumir publicamente como mulher trans na indústria da música ainda provoca resistência. "Existe uma resistência velada e, às vezes, escancarada. As portas nem sempre estão abertas, e ser mulher trans ainda provoca desconforto em alguns espaços".

"Transformo esse desconforto em potência. Sei que minha presença já é uma provocação política e artística. E eu não vou me calar ou me encolher."

Esse processo de ressignificar e transformar também trouxe grandes revelações sobre ela mesma: "Descobri que sou muito mais forte do que imaginava. Que posso ser doce e feroz ao mesmo tempo. Que a minha feminilidade não precisa caber em rótulos", compartilha. Ella define viver como "um ato diário de coragem e amar a si mesma, um gesto revolucionário". 

Amor à Luz do Dia 6n2b6c

O lançamento do single Amor à Luz do Dia marca um divisor de águas em sua carreira e na forma como ela quer ser vista pelo mundo. "É um grito de liberdade. É sobre amar sem medo, sem se esconder, sem vergonha. Amar de frente pro sol, pro mundo", descreve. A música, na visão da artista, representa visibilidade, desejo, afeto e autenticidade. "É minha estreia nesse novo ciclo — luminosa, sem pedir desculpas."

O videoclipe que acompanha o lançamento é também uma poderosa afirmação estética e política. "A sensualidade não precisa ser agressiva pra ser poderosa. Eu quis mostrar um corpo trans que ama, deseja e é desejado — com beleza, com verdade, sem estereótipos", explica sobre a peça visual, lançada na plataforma de conteúdo adulto Privacy.

"É um espaço onde artistas têm controle sobre sua narrativa, sobre seu corpo e sobre como querem ser vistos. E isso é revolucionário", destaca sobre a rede.

Planos futuros 55596n

Hoje, Ella transita entre o pop, o R&B e uma entrega absolutamente pessoal. Suas influências dialogam diretamente com sua estética e força. "Minhas referências hoje são Beyoncé, Summer Walker, Tyla, Kehlani, H.E.R. — mulheres que transformam vulnerabilidade em força, sensualidade em arte, e que dominam cada detalhe da sua expressão artística", conta. Ela descreve essa fase como a mais verdadeira de sua vida artística: "É pop, é R&B, é alma. É Ella, sem esconder."

E o que vem pela frente promete ser ainda mais intenso. "Amor à luz do dia é só o começo. Tenho músicas novas vindo aí, projetos visuais ousados, colaborações surpreendentes", conclui animada.

Caras Brasil Caras Brasil
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