Klara Castanho vence processo contra Antonia Fontenelle 57145h
A atriz Klara Castanho vence o processo que moveu contra Antonia Fontenelle, e agora a youtuber vai ter que pagar uma indenização o2i44
A 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a condenação da influenciadora Antonia Fontenelle por danos morais à atriz Klara Castanho. Além do pagamento de R$ 50 mil à jovem, a Justiça também confirmou a multa de R$ 1,6 milhão por descumprimento de uma ordem judicial. A penalidade está relacionada à manutenção de uma publicação ofensiva nas redes sociais, mesmo após determinação para sua retirada. t4558
O caso teve início em 2022, quando Fontenelle, durante uma transmissão ao vivo, expôs a história de violência sexual sofrida por Klara Castanho. O episódio, que envolveu estupro, gravidez e a posterior entrega do bebê para adoção, era de foro íntimo da atriz e não havia sido compartilhado com o público de forma voluntária. Após a transmissão, Klara foi alvo de uma série de ataques nas redes sociais, o que agravou ainda mais o sofrimento da jovem.
Na tentativa de se defender, Fontenelle afirmou que sua fala tratava apenas de um fato que já era de conhecimento público e que, em nenhum momento, mencionou o nome da atriz. No entanto, o tribunal considerou que o conteúdo da live foi suficientemente claro para que internautas identificassem Klara. De acordo com informações do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, a Justiça entendeu que houve abuso no uso da liberdade de expressão, já que a comunicadora utilizou um discurso que contribuiu diretamente para a exposição indevida e o dano moral da atriz.
Apesar das solicitações da imprensa, Antonia Fontenelle não se manifestou sobre a decisão. Já a equipe de Klara Castanho optou por não comentar o caso. A postura da atriz segue a linha de discrição que adotou desde o início do episódio, protegendo sua privacidade e sua saúde emocional diante de uma situação de grande vulnerabilidade.
A decisão do Tribunal reforça os limites legais da liberdade de expressão, especialmente quando esta se choca com direitos fundamentais, como a dignidade, a intimidade e a integridade psíquica de uma vítima de violência. O caso também evidencia a responsabilidade de figuras públicas no uso das redes sociais e no tratamento de temas sensíveis.