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Inovação 671z27

Regulação precisa ser mais rápida para seguir evolução da tecnologia financeira, diz CEO da Revolut 14h3o

Glauber Mota também acredita que a IA deve ter grande parte nas próximas soluções voltadas para o mercado financeiro 4p4138

10 mai 2025 - 09h11
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Diante do rápido avanço da tecnologia em direção à digitalização de todos os setores do cotidiano - a forma como nos conectamos, trabalhos e como fazemos e istramos o nosso dinheiro - bancos e instituições financeiras correm para se atualizar em termos de processos, produtos e serviços. A chegada da inteligência artificial (IA) também acelera os planos para um futuro mais digital, em um cenário brasileiro em que as transações bancárias já ocorrem, em sua maior parte, pelo celular. w4c3a

A chegada do Pix, por exemplo, representou um avanço grande na transação digital e é usado como exemplo em vários países do mundo quando o assunto é o uso da tecnologia para facilitar a vida financeira das pessoas. Para Glauber Mota, CEO da Revolut, fintech que oferece serviços de conta global e câmbio, esse é o maior exemplo recente de que é possível acompanhar as mudanças rápidas da tecnologia mesmo em um setor tão tradicional como o bancário.

Glauber Mota é CEO da Revolut
Glauber Mota é CEO da Revolut
Foto: Revolut/Divulgação / Estadão

Essas mudanças, no entanto, precisam ser acompanhadas de uma regulação que as favoreça e, ao mesmo tempo, saiba ditar as regras para nivelar o jogo para todas as instituições, segundo Mota, um dos palestrantes do Summit Tecnologia e Inovação que será realizado pelo Estadão na quarta-feira, 14, das 8h30 às 16h, no Unibes Cultural, em São Paulo - Inscreva-se aqui. O evento faz parte das comemorações dos 150 anos do jornal.

"O papel do regulador é muito importante. Há quem advogue por ter mais liberdade e não ter tanta regulação. E há quem advogue que a regulação é uma condição necessária justamente para você fazer (a mudança) mais rapidamente e de forma mais bem feita. Mas a regulação precisa evoluir na mesma velocidade da tecnologia", explica Mota.

Veja trechos da entrevista com o CEO da Revolut:

Como a tecnologia pode impactar ainda mais o setor financeiro no futuro? 635z5o

O que veremos não é exatamente um impacto surpresa, é uma evolução do que já está acontecendo hoje. A tecnologia está impactando muito o mercado financeiro nos últimos anos, principalmente com novas infraestruturas de pagamento. E aí são pontos: tecnologias de inteligência artificial, análise de dados, compartilhamento de informações entre a instituição financeira e reguladores. Ainda tem o Open Finance, que visa um compartilhamento de informações sensíveis entre instituições que são aprovadas para fazer isso. A tecnologia vem para facilitar e para proteger.

A era das fintechs já pressupõe que a tecnologia, seja de ativos digitais, tokenização ou transações bancárias, gerou avanço em um setor tradicional. O que ainda precisa evoluir nesse cenário? 4yk15

A primeira grande evolução que aconteceu recentemente foi o o e a inclusão financeira proporcionada por mecanismos como Pix que, na prática, não é tão diferente do que já existia antes, mas acelerou e facilitou a conveniência e barateou os custos. E isso é o que se busca em uma nova tecnologia, em uma nova infraestrutura. As pessoas querem que funcione mais rápido, mais barato, mais eficiente e com mais controle. Existem agora as novas tecnologias que são infraestruturas mais modernas relacionadas ao mundo de criptoativos, principalmente do ponto de vista de blockchain e tokenização. Vão facilitar e simplificar a maneira como outros tipos de contratos ou transações acontecem.

Quais os maiores desafios de se trabalhar com tecnologia digital no mercado financeiro? r1k2l

São vários desafios, inclusive do ponto de vista de prevenção a fraudes, porque o fato de ser mais rápido e instantâneo também gera potenciais danos. É preciso usar tecnologia para combater esse tipo de coisa. E, da mesma forma que essas novas tecnologias também têm mecanismos que as tornam até mais seguras do que as soluções atuais, elas geram insegurança por desconhecimento das pessoas sobre como usá-las. Então, tem uma questão de educação financeira muito relevante.

Como as empresas lidam com a adaptação em um cenário que muda constantemente? 1s65z

Toda vez que acontece uma mudança tecnológica, que tem potencial para ser uma solução do dia a dia das pessoas, as instituições financeiras precisam adequar os seus legados de infraestrutura e tecnologia interna. Então, se você já investiu um caminhão de dinheiro, como os grandes bancos já fizeram para trabalhar com tecnologia antiga - e a evolução das novas tecnologias também é custosa -, a adoção dessas tecnologias pode ser atrasada ou ser uma ameaça. Os novos players não têm sistemas antigos, e já entram na nova tecnologia com uma base de custos diferentes. É uma dinâmica constante de mercado.

O que pode evoluir a partir da IA nesse mercado? Qual a próxima aposta? 3w4zs

Dá para separar isso em ondas. A primeira onda são os ganhos de produtividade. A análise de dados vai ser escalada via IA. Você vai conseguir fazer mais rápido e entender melhor como ser eficiente para o seu cliente, porque o robô cansa menos na hora de ler todas as informações. Mas ela é um ganho de produtividade de análise, ela ainda não é substitutiva. Ela não substitui o analista especialista. Ela dá mais escala para aquele analista. A segunda onda seria, efetivamente, gerar solução para o cliente de maneira autônoma, como um robô de fato. Só que, para isso, é necessário a regulação evoluir.

Qual o papel da regulação no setor? 4i47n

A regulação precisa evoluir na mesma velocidade (da tecnologia). E não necessariamente ela evolui no mesmo ritmo porque toda vez que se tem uma aprovação de lei nova ou de uma regulação nova do Banco Central, é necessário ter consulta pública, é necessário ter adequação da capacidade dos supervisores de fazerem esse acompanhamento também. É um paralelo entre a tecnologia e vida real, o hardware e o software evoluindo, mas também tem do ponto de vista teórico de como a regulação acompanha a evolução na mesma ordem. A boa notícia e a má notícia são a mesma: o Brasil tem leis e tem evoluído muito nos últimos anos na direção certa, então está adequado para a realidade de hoje, mas o que vem acontecendo é que essas evoluções na tecnologia estão sendo muito mais rápidas, o que vai o que vai obrigar a regulação também ser mais rápida.

O Summit Tecnologia e Inovação Estadão acontece no dia 14 de maio, das 8h30 às 16h, no Unibes Cultural, em São Paulo. Confira a programação completa e inscreva-se aqui.

Estadão
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