Como funciona QR code do boletim de urna, que militares poderão checar 3i5u5m
Checagem de votos via QR codes nas seções eleitorais é um sistema antigo, e serve justamente para trazer transparência ao processo 291b1o
Em meio às tensões entre o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e as Forças Armadas nas eleições deste ano, uma reportagem da Folha de S. Paulo deste domingo (11) disse que militares seriam levados a seções eleitorais pelo país para tirar e enviar fotos dos QR codes dos boletins de urna para o Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília. 4g5l1c
Segundo o texto, a ideia inicial é que a "apuração paralela" dos militares seria feita com 385 boletins de urna eletrônica. Na visão dos técnicos envolvidos na iniciativa, essa amostragem garantiria 95% de confiabilidade.
Além disso, haveria, de acordo com a reportagem, um acordo do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, para liberar aos militares o em tempo real aos dados sobre a totalização do TSE, em vez de coletar as informações no site do órgão.
No entanto, o TSE emitiu uma nota nesta segunda-feira (12) negando a reportagem. "O Tribunal Superior Eleitoral informa, em relação à apuração das eleições 2022, que não houve nenhuma alteração do que definido no primeiro semestre, nem qualquer acordo com as Forças Armadas ou entidades fiscalizadoras para permitir o diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral pelos TREs, cuja realização é competência constitucional da Justiça Eleitoral".
A despeito da medida, a checagem de votos via QR codes nas seções eleitorais é um sistema que surgiu nas eleições de 2016, e serve justamente para trazer transparência ao processo. Ao escanear o código presente em um documento chamado boletim de urna (BU), qualquer pessoa pode se tornar um "auditor" dos votos da seção eleitoral em questão.
Como funciona a checagem de votos por QR code 3r1mx
Ao final da votação em um local de votação, o presidente da respectiva seção eleitoral imprime uma tira de papel, como com um comprovante de banco, que é afixada na porta da sala. Esse documento é o boletim de urna (BU), que deve ser impresso em cinco vias em todas as seções eleitorais do país.
O papel traz dados como:
- A identificação da seção eleitoral, da zona eleitoral e da urna eletrônica;
- O número de eleitores que votaram naquela seção;
- O resultado dos votos por candidato e legenda;
- Total de votos por partido;
- Total de votos por candidato;
- Total de votos nominais;
- Total de votos de legenda, quando for cargo proporcional;
- Total de votos nulos e em branco;
- Total de votos apurados;
- Eleitorado apto para votar na seção;
- Hora do encerramento da eleição;
- Código interno da urna eletrônica;
- Sequência de caracteres para a validação do BU.
O boletim de urna ainda pode ser checado no site do TSE ou pelo aplicativo de celular Boletim na Mão (Android | iOS), que permite escanear o QR code impresso no boletim e ar todos os dados referentes à votação naquele local.
O Boletim de Urna online fica disponível em até três dias após a totalização, mas geralmente os dados podem ser ados antes disso.
Após a produção das vias impressas, a seção gera uma cópia digital do boletim de urna, criptografada e assinada digitalmente na memória de resultado, para enviar os dados ao TSE, que vai totalizar os votos com os resultados das eleições.
De acordo com o coordenador de sistemas eleitorais do TSE, José Melo, “a digital do BU lhe confere as características de integridade e autenticidade, tornando impossível a sua reprodução por outro meio que não seja a urna eletrônica com os sistemas oficiais do TSE, características essas de autenticidade que serão verificadas nos processos de transmissão e recepção dos arquivos e de totalização dos votos”.