Saiba mais sobre 'O Agente Secreto', filme brasileiro que foi ovacionado em Cannes 3f402m
O filme "O Agente Secreto", do diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho, estreou no Festival de Cannes com grande aclamação neste domingo (18/05).
Foto: Divulgação/Victor Jucá 72j3y
O longa arrancou uma salva de palmas do público por mais de 10 minutos.
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"A mais longa e entusiasmada [ovação] que já vi até agora — 15 minutos (com discursos) e toneladas de ses gritando 'Bravo!' da sacada", escreveu uma jornalista do Washington Post, no X.
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Kleber Mendonça Filho, que também assina o roteiro, fez um discurso emocionado após a exibição.
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"O Agente Secreto" é protagonizado por Wagner Moura, que está cotado ao prêmio de Melhor Ator.
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Ambientado em 1977, durante a ditadura militar brasileira, o longa é um thriller político e acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que retorna a Recife e se depara com segredos perigosos.
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Esse é o terceiro trabalho do diretor brasileiro a disputar a Palma de Ouro. Os outros foram "Aquarius" (2016) e "Bacurau" (2019 - foto) — este último levou a premiação do júri.
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"Mendonça demonstra uma capacidade notável não apenas de recriar, mas de nos transportar de volta àquela época, com seu calor opressivo e paranoia", diz um trecho da crítica da Variety.
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O filme é uma coprodução internacional (Brasil, França, Holanda e Alemanha) e terá distribuição no Brasil pela Vitrine Filmes.
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Após a exibição, o Festival de Cannes divulgou uma cena do filme que mostra um homem perguntando se Marcelo é policial.
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Antes da estreia, viralizou nas redes sociais um vídeo mostrando o elenco do filme dançando no tapete vermelho de Cannes.
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A comitiva fez uma entrada animada ao som de frevo, tocado por músicos de Pernambuco.
Foto: Montagem/Reprodução/Redes Sociais
Ainda sem data de estreia no Brasil, "O Agente Secreto" também inclui Maria Fernanda Cândido e Gabriel Leone no elenco.
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Em festivais de cinema como o de Cannes, é comum que os filmes recebam longos aplausos após as exibições.
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"O Labirinto do Fauno" (2006), de Guillermo Del Toro, é conhecido como o filme que recebeu a salva de palmas mais duradoura da história de Cannes: 22 minutos! Apesar disso, não levou nenhum prêmio.
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Essa tradição tem várias explicações: muitos convidados são ligados à produção do próprio filme, o que aumenta a empolgação.
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Além disso, há pessoas chamadas de "puxadores de aplausos", que ajudam a manter as palmas por mais tempo.
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Outro fator é a gravação oficial do festival, que destaca o elenco e a equipe na tela após o filme, incentivando mais aplausos ainda.
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Em outros festivais há até uma disputa entre distribuidoras para ver quem recebe mais tempo de ovação. Em 2024, "Ainda Estou Aqui" recebeu 10 minutos de aplausos em Veneza.
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